Estudantes da Paraíba criam chupeta que pode ajudar a reduzir a mortalidade infantil no mundo
A HackBrazil, uma competição que visa o desenvolvimento de soluções tecnológicas para os desafios enfrentados pelos brasileiros e que aconteceu recentemente nos Estados Unidos, abriu portas para mostrar ao mundo que a Paraíba produz tecnologia com criatividade e inovação.
No evento, Brazil Conference at Harvard & MIT, realizado nos dias 07 e 08 de abril, em Cambridge, três estudantes de engenharia elétrica do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) campus João Pessoa, chamaram a atenção aos palestrantes e ao público presente.
Os três alunos da IFPB criaram um projeto chamado “Bubu Digital”, uma espécie de chupeta eletrônica, equipada por micromputadores e sensores, que envia dados coletados para dispositivos móveis, alerta se a criança está com alguma enfermidade, e verifica a temperatura corporal da criança.
O monitoramento dos dados pode ser feito de uma forma constante e em tempo real, contribuindo com o acompanhamento da saúde dos bebês e, numa escala maior, na redução dos índices de mortalidade infantil.
Paraibanos, os primeiros a explorar tal tecnologia no país
A equipe vencedora “Questão de Brio” formada pelos alunos do curso de Engenharia Adjamilton Medeiros Júnior, Júlio Cézar Coelho e Rychard, não só mostrou um projeto interessante mas expressaram criatividade e inovação no âmbito da tecnologia.
“Foi incrível receber o reconhecimento, ver que nossa ideia está indo pra frente, é um sentimento sem igual”, destacou Júlio Cézar.
O projeto concorreu com mais quatro soluções tecnológicas elaboradas por estudantes de outros estados brasileiros. Houve um empate entre a “Questão de Brio” e um grupo de Minas Gerais, porém os jurados decidiram premiar as duas equipes com mil dólares, quantia que deve ser investida no aperfeiçoamento do projeto.
Segundo Rychard Guedes a conquista representa um marco para o estado da Paraíba e para o IFPB.
“Essa vitória é muito importante, pois levamos o nome do Instituto e da região, para as duas maiores universidades do mundo. O feedback que tivemos depois da apresentação foi fantástico, muitas pessoas foram nos procurar para oferecer ajuda na parte jurídica, técnica, artística e nos parabenizar”.
Adjamilton Medeiros Júnior salientou que o grupo está muito feliz e grato a todos que deram forças, auxiliaram e estimularam o trabalho deles.
“Também gostaríamos de agradecer a todo mundo que nos ajudou desenvolver e a divulgar esse projeto, as pessoas que acreditam na gente, como nossos professores, outros estudantes e familiares”.
A equipe já está pensando no próximo passo: “aperfeiçoar o projeto e buscar investimentos para transformar o protótipo da chupeta eletrônica em um produto disponível no mercado. Esses mil dólares são o pontapé inicial, porque pretendemos fazer algo muito bom para a sociedade”, completou Júlio Cézar.
Júlio Cezar dá mais detalhes sobre a chupeta eletrônica:
“O aparelho possui sensores acoplados ao bico que medem a temperatura do bebê sem ter nenhum contato com ele. Um chip é embutido na base do aparato, que processa as informações captadas e as envia através de uma antena para o celular dos pais”.
“Os materiais são minúsculos e, portanto, ocupam pouca energia, utilizando uma bateria de carga mínima, sendo impossível para a criança levar um choque quando estiver utilizando a chupeta”.
O item segurança da criança é de suma importância para a equipe criadora da Chupeta eletrônica.
Júlio Cezar faz questão de repetir a informação: “É como se fosse um controle remoto, a energia é tão baixa, não tem a possibilidade da criança levar um choque”.
Veja o vídeo Bubu Digital:
Através do site da Brazil Conference, você pode ver conferir o que aconteceu no evento.
Com informações: Comunicação IFPB-campus João Pessoa / VIX / Revista Galileu / Revista Pepper / Brazilian Times