Mutak: arte dos povos indígenas do Tapajós no Pará
Pela arte dos Tupaiú, Apiaka, Arapiun, Arara Vermelha, Borari, Kara-Preta, Kumaruara, Munduruku, Maytapú, Jaraki, Tapajó, Tupinambá e Tapuia, a busca para sensibilizar a população sobre a luta e resistência dos povos indígenas. A partir da quinta-feira (19) até o domingo (22), a região de Alter do Chão, em Santarém, no oeste do Pará irá sediar a Mostra de Arte Indígena do Tapajós (Mutak).
Artesanato, plantas medicinais, pintura, cerâmica, cestaria, arte plumária, grafismo, ervas, infusões, instrumentos musicais, bio joias e uma mostra fotográfica e audiovisual indígena estão entre os trabalhos que serão apresentados na segunda edição da Mutak.
“É um momento de vivência, intercâmbio intercultural e troca de saberes, fortalecimento e valorização da cultura milenar dos povos indígenas na região do Tapajós”, afirmam os organizadores. A primeira edição do evento em 2016 reuniu um público de mil pessoas, durante dois dias. O objetivo esse ano é aumentar a participação popular.
A ceramista Vandria Borari, do Baixo Tapajós é uma das integrantes da mostra. “A cerâmica para nós é muito importante porque é a memória do nosso povo, da nossa identidade, a forma que nossos antepassados viviam, como eles trabalhavam, como era o comportamento deles e hoje a gente trabalha na cerâmica tapajônica”, contou.
Urucum, jenipapo, argilas e as pedras coloridas realçam a pela das mulheres indígenas. A pintura é a arte que a maquiadora profissional Taline Karajá domina. “Eu comecei a trabalhar aos 20 anos de idade com a maquiagem social, a que todo mundo conhece, só que eu sempre tive muita vontade de maquiar as pessoas com a maquiagem que a gente usa, que os povos indígenas usam que são as com produtos naturais”, explicou.
“Esse é um evento cosmológico, tem fortemente uma relação de espiritualidade com o que o artesão indígena está trabalhando. Quando o povo Borari traz esse chamamento, esse avivamento, esse levantamento para todos os povos que estão vindo aqui para esse evento, isso é uma reafirmação de identidade, ela é uma ressignificação de tudo que está sendo feito aqui”, destacou Graça Tapajó, da aldeia Caridade do território Cobra Grande.
Programação
19 de abril – Praça do CAT
18h – Abertura com ritual indígena
19h – Filme “Bruxa Xibé”
20h – Projeção de fotografias e vídeos indígenas
21h – Carimbó Borari
22h – Grupo Cumarú (Show)
23h – Palco aberto para artistas locais
20 de abril – Praça do CAT
9h – Exposição e venda de arte e iguarias indígenas e oficina sobre plantas medicinais
14h – Oficina de teçume de palha e oficina de audiovisual
19h – Filme “Bruxa Xibé”
20h – Projeção de fotografias e vídeos indígenas
21h – Ritual União dos Povos
23h – Paulinho Borari e Taline Carajá
00h – Palco aberto para artistas locais
21 de abril – Praça do CAT
9h – Exposição e venda de arte e iguarias indígenas e oficina de sabonete medicinal
14h – Oficina de sabonete artesanal e oficina de audiovisual
19h – Filme “Bruxa Xibé”
20h – Projeção de fotografias e vídeos indígenas
21h – Banzeiro de Carimbó
22h – Desfile da Cunhã e do Guerreiro Mutak 2018
23h – Carimbó Suraras do Tapajós
00h – Palco aberto para artistas locais
22 de abril – Praça do CAT
9h – Exposição e venda de arte e iguarias indígenas
18h – Ritual de encerramento com banho de cheiro e dança do Macucauá
Contato
Facebook: https://www.facebook.com/mostradearteindigenadotapajos/
Com informações: MUTAK