Tecnologia inovadora vai permitir internet mais rápida
Pesquisadores da Universidade de Hong Kong e de Harvard, em parceira com laboratórios de tecnologia da informação, relatam que conseguiram fazer um novo “modulador óptico”. O estudo foi publicado na na revista Nature.
Um componente crítico nas comunicações modernas, esses moduladores funcionam como um gargalo da comunicação.
O professor de Engenharia Eletrônica e Computação da Escola Politécnica da UFRJ, Flávio Mello, explica: “A tecnologia fica na chamada última milha do sinal da internet, em postes perto da casa dos usuários. Eles são capazes de converter sinais elétricos em alta velocidade para sinais ópticos em dispositivos como computadores antes de transmitir os sinais por fibra ótica”.
De acordo com o estudo, a nova tecnologia vai revolucionar toda a indústria das comunicações. Os pesquisadores criaram um modulador que é menor, mais eficiente com transmissão de dados e que custa menos.
O novo modulador mede de 1 a 2 centímetros – sua área de superfície é 100 vezes menor do que os tradicionais que são usados atualmente. A tecnologia inovadora, graças a novos desenvolvimentos da tecnologia nano feitos por pesquisadores, faz o modulador ser pequeno enquanto pode transmitir dados em taxas acima de 210 Gbit/segundo, com 10 vezes menos perdas ópticas que os atuais moduladores.
Além disso, o invento revolucionário ainda gasta menos energia do que os aparelhos atuais. O estudo aponta que a novidade vai pavimentar o caminho para uma rede de comunicações com mais velocidade, mais poder e com melhor custo-benefício.
Apesar de ter a ver com peças de fibra óptica, a novidade não vai melhorar a vida apenas de quem tem internet por esses cabos em sua casa. De alguma forma, todos contam com alguma fibra óptica no caminho da internet até a sua casa.
Mais barato e mais rápido
“As pessoas são impactadas, algumas mais e outras menos. Ele consegue taxas bem velozes. Esse modulador é mais barato e mais rápido, então o sinal chega na última milha com alta velocidade” Flávio Mello, professor de Engenharia Eletrônica e Computação da Escola Politécnica da UFRJ.
Não espere, contudo, que suas velocidades fiquem mais rápidas instantaneamente. Como aponta Flávio, é necessário que a infraestrutura de comunicações seja reformada com a produção da nova tecnologia, que acabou de ter o estudo publicado.
“A nova tecnologia impacta bem, mas a única questão é que esse ganho não é instantâneo. Você tem equipamentos que já estão colocados na rua em operação e que precisam ser substituídos por um como esse. Em geral as companhias têm um cronograma de troca de equipamento. Se esse entrar em produção, essa troca começa a acontecer gradativamente”, explica.
Com informações: Uol