Pela primeira vez em 100 anos: ‘Pantera negra’ é fotografada na África
As imagens de um raro leopardo negro foram captadas pelos Cientistas do Instituto de Pesquisa para Conservação do Zoológico de San Diego e da Loisaba Conservancy, numa uma área ao norte de Nairobi, capital do Quênia.
As descobertas dos pesquisadores foram publicadas no African Journal of Ecology em janeiro, mas as imagens só foram divulgadas esta semana.
Uma raridade
Panteras negras não são registradas na África desde 1909, quando foi vista pela última vez em Addis Abeba, capital da Etiópia. Apenas 11 por cento dos leopardos no todo mundo são negros. Havia relatos de panteras-negras no local, mas sem registros por fotografia ou periódico científico.
“É certo que as panteras negras estiveram lá o tempo todo, mas boas gravações puderam confirmar aquilo que sempre ficou ausente até agora”, disse Nicholas Pilfold, biólogo e Ph.D e cientista do San Diego Zoo Global, em um post no Instagram na terça-feira (12).
De fevereiro a abril de 2018, cinco câmeras gravaram imagens de um jovem leopardo negro fêmea. Ela apareceu sozinha em quatro vídeos durante a noite, bebendo água ou carregando restos de sua presa –, mas no único vídeo durante o dia, o animal estava seguindo um leopardo adulto que não é negro.
“A cor da pelagem do leopardo é negra como resultado do melanismo, uma mutação genética que resulta em uma produção excessiva de pigmento”, afirma Nicholas Pilfold.
A pantera-negra ou leopardo-negro é uma variante melânica do leopardo (Panthera pardus) e está classificado como “vulnerável” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza. (IUCN).
Saiba Mais
Confirmation of black leopard (Panthera pardus pardus) living in Laikipia County, Kenya
Com informações: O Eco / African Journal of Ecology