Costa Rica proíbe o uso de contêineres de isopor
Depois de lançar uma estratégia nacional para reduzir drasticamente o uso de plástico até 2021, no ano passado, a Costa Rica está agora levando seus esforços de proteção ambiental um passo adiante, ao proibir o uso de recipientes de isopor.
A nova legislação, assinada recentemente proíbe em todo país a importação, comercialização e distribuição de embalagens de poliestireno (isopor).
A legislação entrará em vigor em 24 meses depois de ser oficialmente publicada no boletim do governo, La Gaceta . A legislação aguarda agora a assinatura do Presidente Carlos Alvarado e será enviada ao impressor nacional para publicação em La Gaceta.
As multas por violações variam de US$ 763 (446.200 Cólon da Costa Rica) a US$ 7.629 (4,46 milhões de cólon costarriquenho). O governo é obrigado a ajudar as empresas a se adaptarem a contêineres ecologicamente corretos antes que a lei seja plenamente cumprida.
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“Essa iniciativa é um passo gigantesco para a saúde pública, o meio ambiente e a economia do país, porque o poliestireno gera uma grande poluição”, afirmou a parlamentar Paola Vega.
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O plástico é um importante poluente ambiental na Costa Rica, que representa apenas 0,03% da superfície terrestre, mas contém 6% da biodiversidade mundial. Para preservar um dos países mais biodiversos do mundo, os resíduos de plástico e outras formas de poluição têm que ser controlados e mantidos sob controle.
Em um esforço para reduzir significativamente a poluição por plásticos, o presidente Alvarado ordenou a restrição do uso de plásticos em todas as instituições públicas do país no ano passado. De acordo com as diretrizes estabelecidas pelo presidente, lanchonetes de escolas públicas, instituições do sistema de saúde e prisões devem evitar plásticos de uso único, como pratos, copos descartáveis e talheres.
O isopor, ou poliestireno expandido, é uma das formas mais utilizadas de plástico , encontradas principalmente em itens como xícaras, recipientes para viagem e pratos. Poliestireno sólido é usado para fazer tudo, desde talheres de plástico para copos de iogurte para casos de DVD.
Embora o isopor seja tecnicamente reciclável, ele só pode ser reciclado se estiver limpo, não tingido e não contaminado, o que é especialmente difícil, já que é amplamente usado para armazenar alimentos.
Especialistas acreditam que pode levar isopor entre 500 e 1 milhão de anos para se decompor naturalmente. A maior parte do produto acaba em aterros sanitários e corpos d’água. Uma vez consumidos por microrganismos como o plâncton ou peixes menores, essas partículas contaminadas entram na cadeia alimentar, afetando perigosamente a nossa saúde.
O Ministério da Saúde da Costa Rica assumirá a responsabilidade de regulamentar a proibição do isopor no país e imporá sanções, se necessário.
Com informações: Global Citizen / Qcostarica