Estudantes cearenses desenvolvem pó para higiene bucal com base no pó de juá, hortelã e cravo
O projeto dos alunos da escola José Waldemar de Alcântara e Silva, do município de Salitre, foi finalista da etapa regional do Ceará.
Propor uma alternativa sustentável para higiene bucal e acessível para a população carente é objetivo de um projeto dos alunos da escola José Waldemar de Alcântara e Silva, do município de Salitre, no Ceará.
Os alunos Emanuelly Silva Pereira, Vinicius Morais de França e outros 19 da turma do 1° ano do Ensino Médio, sob orientação da professora Rocicléa Mota, desenvolveram um pó dental com base no pó de juá, hortelã e cravo.
O projeto participou da etapa regional do Ceará Científico, evento que reúne projetos científicos das escolas da rede estadual de ensino.
Participar do Ceará Científico, para Emanuely, foi uma experiência única. Ela conta que, por ser o seu primeiro ano participando do evento, estava nervosa, mas os organizadores eram atenciosos e o espaço agradável. “A responsabilidade de levar um projeto tão delicado é tamanha, pois requer de nós um bom aprofundamento nos objetivos e métodos”, ressalta.
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“Isso prova que o juá pode ser usado na escovação, porque limpa e reduz as bactérias.”
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De acordo com Rocicléa, professora de Química e orientadora do projeto, foi constatada redução do número de bactérias responsáveis por doenças na boca, como a cárie, ao se utilizar o pó dental. “Isso prova que o juá pode ser usado na escovação, porque limpa e reduz as bactérias”, justificou. Funcionários da escola foram voluntários e utilizaram o composto por 14 dias durante a escovação diária.
Para viabilizar o estudo científico da eficácia do composto, o material foi analisado no laboratório de uma universidade de Juazeiro do Norte por Antônio Rony da Silva, estudante de Biomedicina e coorientador do projeto.
A professora explica que, basicamente, foi observado o número de bactérias da microbiota oral antes e depois do uso por voluntários. Na produção se utilizou 70% de juá, 20% de hortelã seco e 10% de cravo. O conhecimento popular sobre o uso da entrecasca da árvore do juazeiro também foi considerado nos estudos.
Rocicléa aponta que já havia iniciado as pesquisas em outra escola onde também trabalha, no Piauí, mas no Ceará os alunos demonstraram bastante interesse. No total, cerca de 21 alunos participaram do projeto, iniciado em abril.
Com informações: Tribuna do Ceará
Edição: Josy Gomes Murta
Muito bom! E viveremos livre de flúor!
Que consigam esta conquista para todos!
Eu mesma a usaria e convenceria minha família a usar. Parabenizo!!!!