Com novo visual, Museu das Invenções terá visitas guiadas em janeiro
Depois de uma reforma em setembro, o Museu das Invenções, em São Paulo, vai promover uma programação especial nas férias de janeiro, com atividades lúdicas, brincadeiras e visitas guiadas.
Também conhecido como Inventolândia, o Museu das Invenções foi criado em 1996 e é o único do gênero na América Latina, segundo a diretora, Daniela Mazzei.
Com um acervo composto de mais de 300 invenções, o museu abriga objetos que derivaram de ideias inusitadas e inovadoras de brasileiros, tais como a boia espaguete (ou macarrão, utilizado em praias e piscinas) e a calculadora científica, que são conhecidos e utilizados no mundo todo.
“Temos aqui cases de sucesso como a boia espaguete, que está no dia a dia de todo mundo; a maca para animais que pensa na acessibilidade e na deficiência de cachorros que estão com a pata machucada ou que têm alguma doença; e uma leitora que segura o livro para você”, citou Marina Santino, educadora do museu.
Além de apresentar alguns objetos inusitados e extremamente criativos do Brasil e do mundo, uma das grandes diversões do museu está no fato de que, diferentemente da maioria dos demais, nele os visitantes podem tocar e mexer nos objetos. Há guias no museu que descrevem e apresentam ao visitante a forma de uso de cada um deles.
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“O Museu das Invenções é um espaço de troca de ideias e que mostra a capacidade, principalmente para as crianças, de poder mudar não só a sociedade, mas também as tecnologias do dia a dia”, destacou Marina Santino.
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Novidades
Com a reforma realizada em setembro, o museu ficou mais moderno. Uma das novidades é que os visitantes vão poder conhecer os mais importantes inventores da história – tais como Thomas Edison, Albert Einstein, Alexander Graham Bell e Steve Jobs – por meio de displays.
O museu também passou a abrigar novos objetos. Um deles é um microfone com alto falante embutido e sem fio, que possui conexão bluetooth e que permite ao usuário reduzir ruídos e regular o volume. O produto, segundo a Associação Nacional dos Inventores (ANI), que comanda o museu, permite conectar o celular em função karaokê, gravar músicas e também possui caixa amplificadora e bateria recarregável, embutidos diretamente no microfone.
Há também um guarda-chuva invertido, que promete facilitar a vida do consumidor na hora do uso. Ao abrir ou fechar o produto, o formato diferenciado evita que a água escorra ou respingue no usuário. A invenção facilita a vida do cidadão que precisa entrar e sair do carro em dias de chuva.
Outras novidades preparadas para o público são o ferro de passar roupa que funciona por indução, uma churrasqueira portátil totalmente dobrável que já vem com kit churrasco, um boné para tirar cisco do olho, um pente para pessoas carecas e óculos com retrovisor. Dois hamsters de pelúcia, que repetem tudo o que você está dizendo, também estão expostos no museu.
A partir do ano que vem, o museu vai começar a receber empresas, palestras e grupos de investidores que queiram conhecer os projetos, destacou a diretora do local.
O museu funciona de segunda a sexta-feira e estará fechado para as festas de final de ano. O retorno da programação está marcado para o dia 2 de janeiro.
Inventores
Brasileiros que queiram criar novos inventos podem procurar a Associação Nacional dos Inventores (ANI) para apresentar suas ideias.
“A criatividade do brasileiro é ímpar. Grandes inventores brasileiros ficaram marcados na história pela criação de soluções e produtos importantes. É o caso do câmbio automático veicular”, disse Carlos Mazzei, presidente da ANI. Ele acrescenta que a maioria dessas invenções nasceu em garagens. “Todas as ideias surgem de uma necessidade”, completou.
“O que seria de nós sem os inventores? Se pararmos para pensar, tudo à nossa volta foi inventado ou pensado por alguém. Nosso trabalho é apoiar e orientar pessoas com ideias, principalmente os inventores brasileiros que não têm um caminho ou uma orientação ou não sabem o que fazer quando têm um projeto”, disse Daniela Mazzei, diretora do museu.
“O museu é umas das vertentes do trabalho amplo e complexo que é realizado hoje pela associação”, explicou Daniela. “Hoje, ela [a associação] atua desde a fase inicial de análise da ideia e da pesquisa para entender a viabilidade, até a parte de formatação e registro da patente. E, depois disso, em como viabilizar e fazer um trabalho de divulgação para buscar um parceiro, empresa ou investidor que o auxilie para levar o projeto adiante para que ele se torne um produto de sucesso no mercado”, explicou Daniela.
Para ser um inventor, segundo a educadora do museu Marina, não é preciso ter muito dinheiro, mas colocar em prática o poder de observação. “Quando você observa que tem um problema ou que alguma coisa tem uma limitação, você pode usar a sua criatividade, sua expertise e as coisas que já existem, que também são invenções, para criar uma coisa nova”, disse Marina. As invenções também não precisam ser tecnológicas. “Não precisa fazer um aplicativo, criar uma startup. Quem visitar a maca para animais [no museu] verá que ela foi feita com cano PVC”, destacou.
Com informações: Agência Brasil
Edição: Josy Gomes Murta