Costureiras indígenas produzem máscaras de proteção contra a Covid-19

Costureiras indígenas das etnias Pankará (PE), Tuxá (BA) e Tabajara (PB) estão produzindo máscaras de proteção ao contágio do coronavírus nas aldeias destes três povos indígenas. As Coordenações Regionais da Funai Nordeste I, Baixo São Francisco e João Pessoa levam até as indígenas a matéria-prima para confecção dos itens. Essa iniciativa faz parte de uma estratégia integrada de prevenção em saúde e etnodesenvolvimento.

Professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e equipe de uma escola da rede pública de Alagoas também colaboraram com a doação de parte da matéria-prima às costureiras indígenas alagoanas. As máscaras são distribuídas entre as aldeias e também comercializadas para geração de renda. Conforme orientações das equipes de saúde, além de adotar medidas preventivas, os indígenas devem permanecer em isolamento social nas aldeias para evitar o contágio com a Covid-19.

Associação de Mulheres Artesãs Kapinawá

Além de doar a matéria-prima às costureiras, a Coordenação Regional Nordeste I realizou a compra de 1.500 máscaras de tecido produzidas pela Associação de Mulheres Artesãs Kapinawá.

O coordenador-geral de Etnodesenvolvimento da Funai, Juan Negret Scalia, relata que “a produção é distribuída para o povo Kapinawá e outros grupos indígenas. Desta forma, a ação visa fortalecer a renda das famílias indígenas neste momento de vulnerabilidade e disseminar o uso das máscaras como importante mecanismo de prevenção ao coronavírus, conforme orientações dos órgãos de saúde”.

Associação de Mulheres Artesãs Kapinawá. Foto: Reprodução

Servidores da Coordenação Regional Nordeste I, com sede em Maceió, orientaram as indígenas sobre os critérios da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a confecção das máscaras caseiras.

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“Essa atividade é uma forma de quarentena em que costureiras indígenas reforçam os laços comunitárias que unem as aldeias nesse momento. Essa solidariedade é fundamental na superação da crise.”

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Para a coordenadora regional, Waldira Maria de Barros, a produção dos itens de proteção pelas indígenas reflete no fortalecimento da coletividade diante da pandemia. “Essa atividade é uma forma de quarentena em que costureiras indígenas reforçam os laços comunitárias que unem as aldeias nesse momento. Essa solidariedade é fundamental na superação da crise”, afirma a coordenadora. 

Costureiras da etnia Tuxá, Bahia. Foto: Divulgação

Com informações: Ascom – Funai / Coordenação-Geral de Etnodesenvolvimento (CGETNO) 

Edição: Josy Gomes Murta

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