UFPB está no Top 100 das melhores universidades da América Latina
A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está entre as 100 melhores universidades da América Latina, na classificação do “The Latin America University Rankings 2020”, da revista britânica especializada em avaliação de Ensino Superior Times Higher Education.
A federal paraibana ocupa a 87³ posição. Foram avaliadas 166 universidades de 12 países. O Brasil foi o país que obteve mais nomes na lista: 61 instituições de ensino.
As três primeiras coladas no ranking são a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Chile, a Universidade de São Paulo (USP) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Das dez mais bem avaliadas, sete estão no Brasil.
Para o ranking, consideraram indicadores como ensino (ambiente educacional), pesquisa (quantidade e reputação) e citações (influência nas pesquisas), que valeram 90% da avaliação. As universidades receberam pontuação, com porcentagens diferentes, para cada um dos critérios analisados. Foram avaliados ainda visão internacional e transferência de conhecimento para indústrias.
“A Times Higher Education é uma das principais publicações do mundo em avaliação educacional. Esta foi a primeira vez que a UFPB figurou neste ranking , o que confirma o bom desempenho dos indicadores institucionais e que atesta a qualidade do impacto daquilo que é produzido na instituição”, avalia o pró-reitor de pesquisa Isac Medeiros.
O gestor relembra que, no ano passado, a UFPB já havia sido considerada uma das 100 melhores universidades da América Latina e Top 1 em artigos de alto impacto, publicados na área de Matemática. “Em conjunto, esses resultados são atribuídos ao alto nível da qualidade da pesquisa, bem como ao apoio institucional nas ações de ensino, pesquisa e extensão, internacionalização e inovação”.
Segundo dados da Times Higher Education, o ranking das universidades da América Latina utiliza indicadores de desempenho calibrados para fornecer comparações mais abrangentes e equilibradas.
As informações se baseiam em dados a partir de estudantes, acadêmicos, líderes universitários, da indústria e de governos. Os pesos são especialmente direcionados para refletir as características das universidades e economias latino-americanas.
Os especialistas da Times Higher Education afirmaram que “se as universidades brasileiras conseguirem apoio suficiente do governo e da população, elas começarão a desafiar algumas das melhores do mundo”.
No que diz respeito ao incentivo à pesquisa, a UFPB conta com 81 programas e 113 cursos de pós-graduação: 73 mestrados (60 acadêmicos e 13 profissionais) e 40 doutorados (cinco em associação e um doutorado profissional).
Das 49 áreas do conhecimento estabelecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a UFPB possui cursos de pós-graduação em 42 delas e há um crescimento horizontal desse tipo de ensino na instituição.
Mesmo com o estímulo às pesquisas na UFPB, dados divulgados em estudo realizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) apontaram que há redução no número de bolsas de incentivo nas regiões Norte e Nordeste do Brasil.
De acordo com os pesquisadores, desde março deste ano, a Portaria Nº 34 reduziu uma média de 14% das bolsas para o Norte e Nordeste, enquanto a região Sudeste apresentou uma diminuição de 7%.
As informações, conforme os pesquisadores, revelam o agravamento da concentração do conhecimento em áreas saturadas e trazem entraves para o desenvolvimento econômico do país.
Com informações: Ascom/UFPB
Edição: Josy Gomes Murta