FDA aprova primeiro medicamento para alopecia que restaura o crescimento do cabelo em muitos pacientes

A Food and Drug Administration dos EUA aprovou o uso do inibidor da Janus quinase (JAK) baricitinibe como tratamento para alopecia areata grave, uma doença desfigurante da pele.

É o primeiro tratamento aprovado para alopecia areata, uma doença autoimune que afeta cerca de 7 milhões de pessoas nos Estados Unidos. A doença muitas vezes desfigurante, na qual o sistema imunológico do corpo ataca os folículos pilosos, é marcada pela perda desigual ou completa do cabelo do couro cabeludo e, às vezes, das sobrancelhas, cílios, pêlos faciais e pêlos do corpo.

O Dr. Brett King, professor associado de dermatologia da Yale Medical School, trabalhou com a empresa farmacêutica Eli Lilly and Company para conduzir uma série de ensaios clínicos com o novo medicamento, uma pílula de toma única diária que atende pelo nome de produto Olumiant.

Melhorias

Na última década, King realizou pesquisas inovadoras usando inibidores de JAK – que foram originalmente projetados para tratar a artrite reumatóide e certos distúrbios sanguíneos – para tratar uma série de doenças de pele intratáveis, incluindo eczema, vitiligo, granuloma anular, sarcoidose e líquen plano erosivo. 

Funciona

“Até agora, não havia tratamentos aprovados pela FDA para alopecia areata”, explicou King, “e os medicamentos que foram usados ​​no passado para tratar casos graves de alopecia areata são amplamente ineficazes. Há, no entanto, muitos dados para mostrar que uma classe relativamente nova de medicamentos chamados inibidores de JAK funciona para o tratamento da alopecia areata grave. O acesso do paciente a esses medicamentos é extremamente limitado, porém, porque os inibidores de JAK não foram aprovados pela FDA para esse fim. A aprovação da FDA trará maior acesso, por meio de cobertura de seguro, aos pacientes.”

Aprovação

Ele disse que a aprovação da FDA também tem um benefício adicional. “Quando um medicamento é aprovado para o tratamento de uma doença, os médicos se sentem mais à vontade para prescrever o medicamento para esse fim. Portanto, a aprovação da FDA capacitará e permitirá que os profissionais de saúde tratem pacientes com alopecia areata grave”.

Ele se lembra do primeiro paciente que tratou. “Ele quase não tinha cabelo no couro cabeludo, suas sobrancelhas e cílios e pelos faciais estavam faltando e, além disso, ele tinha placas de psoríase vermelhas e escamosas por todo o corpo. Foi em 2013… Expliquei ao paciente que o uso de tofacitinibe nele seria exploratório, e ele concordou em tentar…. Não muito tempo depois que ele começou a tomar tofacitinibe, seu cabelo começou a crescer. Eu publiquei os resultados de seu tratamento pouco depois disso e a história foi feita, mudando para sempre essa doença.”

Revolucionário

Isso é revolucionário mesmo!

Os resultados dos ensaios recentes foram publicados no New England Journal of Medicine.

Fonte: YaleNews /New England Journal of Medicine / GNN