Memórias de um filho, neto e sobrinho de ferroviários
E sigo na linha memorialista. Trabalho atualmente em um livro em memória de meu pai, um tio e o pai deles, meu avô, todos eles ferroviários. Isso mesmo! Sou filho, sobrinho e neto de João, Jothão e Manoel, dois telegrafistas e um maquinista.
Sempre fui fascinado pelo universo das ‘estradas de ferro’, trens, estações ferroviárias. Aliás, nasci na estação de Pau-Ferro, distrito de Gurinhém, Paraíba. Nessa estação, pelas mãos da parteira Rita Guedes, a Rita Preta, vim ao mundo às 3h30 da madrugada do dia 1º de setembro de 1961. Meu pai, chefe da estação, morava com família no ambiente de trabalho, quer dizer, em dependências do mesmo prédio. Um direito concedido pela Rede Ferroviária.
Oito meses depois, João Maria de Araújo, ‘Seu Dão’, foi transferido para trabalhar na estação de Sertãozinho, ali no Brejo paraibano, próximo a Duas Estradas, Guarabira. Moramos nessa estação por seis anos. Em 1967 nova transferência de meu pai, agora para Nova Cruz, no Rio Grande do Norte.
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Minhas memórias de infância e adolescência: no mundo das ferrovias
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O livro, ainda sem título definido, traz portanto, minhas memórias de infância e adolescência no mundo das ferrovias. Em Nova Cruz moramos de 1967 a janeiro de 1979. Aposentado em 1975, meu pai trouxe a família para morar em Bayeux, cidade onde ele faleceu em 1983, com apenas 64 anos, vítima de uma trombose.
A obra terá prefácio da minha prima Edileusa, uma das filhas de tio Jothão. Ela e alguns irmãos escreverão sobre o pai. E trazem ainda homenagem ao nosso avô Manoel Maria de Araújo. Um dos capítulos relato as recordações em Sertãozinho e Nova Cruz. Outro capítulo trago tópicos sobre as origens do trem na Inglaterra em meados do século XIX e a evolução e declínio no Brasil e na Paraíba.
Sou um ferrenho ferroviarista, admirador do transporte nos trilhos, lamentavelmente abandonado sobretudo nos anos 1960 para dar lugar aos automóveis e caminhões. O trem é temática em canções, filmes, poesias, livros. Esse transporte seguro, não poluente, encurtou distâncias, fez surgir ou crescer cidades e regiões no Brasil e no Mundo. Viva o trem!
Josélio Carneiro
Em 1983 publicou seu primeiro livro “Poemania”. Livros idealizados e editados: Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba (2002 – A União), Paraíba Governos em Cena (2016 – A União), Rádio Tabajara Patrimônio Cultural da Paraíba (2017 – Gráfica JB), Relatos de um Repórter – 30 anos na comunicação do governo da Paraíba (2018 – A União), A União Escola de Jornalismo (2018 – A União), Seap 90 anos (obra institucional da Secretaria da Administração Penitenciária (2018 – A União), Lyceu Parahybano – berço da cultura e do jornalismo (2022 – A União), Reinserção Social no Sistema Prisional Paraibano (2022 – A União) – obra institucional da Secretaria da Administração Penitenciária).
Através da JCA Editor está contribuindo com o resgate da memória da Paraíba em algumas áreas. Na juventude também escreveu poemas e planeja publicá-los. Casado com Maria Aparecida, pai de Cindy e Ana Maria.