Economia Criativa: como efetivar as mudanças inovadoras

Por Regina Medeiros Amorim

Inovação nas empresas e nos territórios exige a colaboração de diferentes setores na solução de problemas. As capacidades e as expertises internas são essenciais para a negociação de projetos, a criação de conhecimento, para compreender e interagir com as oportunidades externas, definir objetivos e incentivar a criatividade.

O ambiente externo dos negócios, tende a envolver os cidadãos na solução de desafios sociais e no entusiasmo pelo poder da inovação coletiva. Os movimentos sociais com a experimentação de baixo para cima, influenciam o engajamento dos cidadãos e a cultura da cooperação.

A colaboração induz o senso de participação da sociedade nas missões sociais, tais como: vida saudável, mobilidade urbana, os espaços de convivência sustentáveis e verdes, pois a preservação da biodiversidade é muito importante para a qualidade de vida no planeta. É possível ainda, reduzir a desigualdade social nos territórios, através da inclusão social, da produtividade e da inovação ligada ao empreendedorismo.

Tecnologia 

Nas empresas e nos territórios é fundamental o uso da tecnologia de forma mais democrática. Milhões de pessoas ainda carecem de acesso à internet tornando a exclusão digital um problema social, cuja solução converge para a política pública que torne os serviços digitais mais acessíveis e gratuitos, nos municípios.

Precisamos estimular e cultivar a visão de futuro, nas organizações privadas e públicas, para efetivar as mudanças inovadoras. É necessário a coragem e a determinação para agir agora, fortalecer as relações entre governo, empresas e sociedade civil, com a criação coletiva de uma política econômica capaz de vencer os desafios do século XXI.

Qualificação

Nas empresas e entidades públicas é importante que haja a qualificação das equipes para a colaboração e as parcerias público-privadas, possibilitando ampliar a capacidade de mudanças e o aprendizado coletivo, avaliar as experiências passadas com base numa visão mais holística e focada na inovação. É preciso pensar melhor em como desenvolver as parcerias que gerem resultados para todos.

Diante do atual cenário de incertezas, torna-se cada vez mais prioridade, nas organizações e nos territórios, estimular a capacidade de aprender, mudar, agir e se adaptar a ambientes complexos. O aprendizado é um fator-chave para desenvolver a capacidade de compreender o ambiente em que vivemos, com os desafios e as oportunidades.

Engajamento

A capacidade de encorajar o engajamento da população representada por seus agentes sociais e de exercer liderança, com visão ousada, significa reduzir o déficit democrático, ou seja, a diferença entre os anseios da comunidade e as decisões do governo. O engajamento local dos cidadãos e das instituições é a grande força de um sistema político, para imaginar, desenhar e semear o futuro, juntos!

Estudos nos ajudam a compreender como a inovação acontece em condições de incerteza. Entretanto, apenas algumas dessas sobrevivem, porque a inovação precisa estar alinhada com a experimentação, o aprendizado e a adaptação à incerteza.

O Instituto de Inovação e Propósito Público, na University College London (UCL) foi constituído com o objetivo de “substituir o relacionamento com organizações públicas por uma plataforma capaz de explorar de forma sistemática, como exercer o governo de maneiras diferentes”.

Refletir

Estando às vésperas da eleição 2022, para a escolha dos representantes que estarão à frente do Brasil e dos Estados, com um mandato de quatro anos, é importante refletir sobre estruturas participativas que possam contribuir com projetos transformadores, escolhidos de forma democrática.

Os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) estão desenhados para a solução dos grandes desafios, através de inovações para o enfrentamento aos diversos problemas sociais e tecnológicos. Nos ODS’s também estão as grandes oportunidades para favorecer a construção de cidades e comunidades mais justas, inclusivas e sustentáveis.

Para exemplificar, pergunto:

Que projetos inovadores temos para erradicar a pobreza e a fome, inovar e repensar o acesso à saúde e bem-estar da população? O engajamento dos governos com os cidadãos, possibilita as melhores respostas para as mudanças transformadoras, nos territórios.


Regina Medeiros Amorim

Gestora de Turismo e Economia Criativa. Paraibana, sertaneja, natural de Santa Luzia. Em 1976 mudou-se para a capital paraibana. Viveu em Maceió (Al) de 1989 a 1999.  Radicada em João Pessoa desde 2000.

Trabalha no Sebrae da Paraíba. Mestre em Visão Territorial e Sustentável do Desenvolvimento, Pós-graduada em Gestão e Marketing do Turismo. 

*Dama Comendadora do Turismo – Comenda Cruz do Mérito do Turismo – Câmara Brasileira de Cultura. (Outorga de Notáveis da Região Sul em Foz de Iguaçu e demais regiões do Brasil – Foz do Iguaçu-PR, em 14/05/22).

Facebook: https://www.facebook.com/regina.medeirosamorim

E-mail: reginaamorim1256@gmail.com


Edição: Josy Gomes Murta


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