Mas, como será o mundo daqui a 10 anos, em 2032?
Por Regina Medeiros Amorim
Nos próximos dez anos o mundo em que vivemos e estamos familiarizados será totalmente diferente. É como ir dormir e acordar em um cenário de grandes mudanças.
Estudos apontam que teremos mais avós do que netos e a população mundial crescerá menos da metade do que cresceu entre 1960 e 1990. No mercado de trabalho e no empreendedorismo as mulheres se destacam e buscam novas oportunidades nos negócios, priorizam os cursos de graduação, pós-graduação e adiam a maternidade.
As pesquisas indicam que as mulheres têm maior probabilidade de acumular mais renda para desfrutar de uma vida mais confortável, com mais saúde, educação e segurança. Na próxima década, quase metade de todos os novos empreendimentos comerciais do mundo serão de mulheres empreendedoras, o que trará grandes benefícios para a economia. As mulheres também tendem a ocupar posições de liderança política, social ou empresarial por mérito e ética, por aceitação da sociedade e nunca por imposição.
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Nesse mesmo cenário, a população 60+ serão os maiores consumidores do planeta porque possui a maior fatia da renda no mercado, estimada em US$20 trilhões em 2023.
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Segundo a AARP a maioria dos idosos querem bem-estar e qualidade de vida familiar, lazer com saúde física e mental. Associação Americana de Pessoas Aposentadas é uma organização sem fins lucrativos criada em 1958, que já tem mais de 38 milhões de associados.
Com o envelhecimento da população mundial, a migração poderá suprir a demanda de algumas ocupações no mercado de trabalho, principalmente na saúde e nas atividades domésticas. Geralmente os serviços remunerados de cuidadores de idosos tendem a aumentar, e em vários países já são supridos por imigrantes.
Os setores de saúde, assistência domiciliar, fabricação de calçados e roupas mais adequadas e confortáveis, academias e estúdios de ioga especializados em atender idosos, locais acessíveis de lazer, com música ambiente de qualidade, atividades de entretenimento, estarão entre os negócios que prosperarão até 2030.
Considerando o tamanho da população idosa da próxima década, bem como a sua expectativa de vida longa, é possível que tenhamos metade da geração 60+ empreendendo no mercado, para atender a esse público.
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As empresas também estão percebendo que as equipes de trabalho que mesclam gerações, tendem a serem mais assertivas e competitivas, no processo criativo e na resolução de problemas.
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“A velhice não significa apenas viver muito tempo, mas viver bem”, diz o chefe de estratégia médica da Pfizer. À medida que envelhecem, as pessoas mudam seu comportamento de compra. Os idosos estão mais dispostos a gastar seu dinheiro em viagens, de curta distância. Isso sinaliza a preferência pelo turismo social, regional e nacional. Os agentes receptivos e os guias de turismo também precisam se adequar para “o cuidar do cliente idoso”, atender a esse turista, que tem necessidades e motivações diferenciadas.
Quanto mais acessibilidade e conforto em hospedagens, restaurantes, cafeterias, passeios ao ar livre, mais fluxo de consumidores idosos para esses mercados e destinos turísticos sustentáveis.
A sustentabilidade será prioridade em todos os lugares do planeta, principalmente nas cidades turísticas, por isso cada um de nós cidadãos, empresários e gestores públicos, seremos vigilantes contra as mudanças climáticas, emissões de carbono e o aquecimento global. Basta ver os edifícios construídos muito próximos uns dos outros e as cidades asfaltadas, que retém muito calor e já são muito prejudiciais para as pessoas.
Mudança de comportamento
As consequências de desenvolvimento urbano inadequado, serão as principais causas da mortalidade excessiva, das internações hospitalares e do maior consumo de energia e água para amenizar o calor. É possível haver escassez de água em muitas cidades, nos próximos dez anos.
Como cidadãos, podemos tornar a vida mais agradável frente às questões ambientais, com a mudança de comportamento que pode ajudar a desacelerar a mudança climática e preservar o meio ambiente para as gerações futuras. As pessoas precisam estar cientes das consequências desses problemas e serem incentivadas a exercitar a responsabilidade pessoal e as habilidades sociais.
Regina Medeiros Amorim