Radialista Assis Mangueira, 53 anos nos microfones da Rádio Tabajara, um dos recordes nacionais
Por Josélio Carneiro
O radialista Assis Mangueira, aposentado da Rádio Tabajara AM 1.110 khz desde janeiro de 2023, é, no rádio, um dos profissionais recordistas no Brasil e no Mundo. Mangueira atuou na Tabajara por nada mais, nada menos, 53 anos. Sua voz marcou por cinco décadas e três anos os noticiários da emissora, o Informativo Tabajara, levado ao ar de hora e hora e o Jornal Estadual, esse, transmitido por ele e outros nomes da rádio oficial do Governo da Paraíba, em muitas edições.
Aos 75 anos de idade o cajazeirense Assis Mangueira curte sua aposentadoria em João Pessoa, onde mora há décadas, ao lado da família.
Quando eu ingressei na Rádio Tabajara como estagiário, estudante do Curso de Bacharel em Comunicação Social pela UFPB, aos 2 de janeiro de 1989, por indicação do radialista e jornalista Fernando “Sapé” Rodrigues, o locutor noticiarista, redator e editor Assis Mangueira já integrava desde o início dos anos 1970 os quadros da Tabajara. Naquele mês de 89 conheci e passei a conviver com os grandes nomes da antiga PRI-4: Carlos Antonio, Geraldo Cavalcanti, Nakamura Black, Jadir Camargo, Ivan Bezerra, Airton José, Lenilson Guedes, Ana Paula, Claudete Andrade, e tantos outros gigantes da radiofonia paraibana. Assis Mangueira era titular desse time nota 10.
Referências profissionais
De todos os profissionais que convivi na Tabajara, Assis Mangueira e Carlos Antonio, são as minhas melhores referências profissionais e exemplos de cidadãos dos mais íntegros que já conheci na vida. Na Tabajara tive a carteira de trabalho assinada como locutor-entrevistador por cerca de 28 anos.
Com Assis Mangueira e Adamastor Chaves, Ademar Vicente, Lucena, Ilzaneide, Jacob, Ednaldo, Laudiceia, Marluce, fundamos em 1991 a Assert – Associação dos Servidores da Rádio Tabajara. Fui presidente da entidade por dois mandatos, creio, e Mangueira presidiu a Assert por vários mandatos.
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Minha homenagem hoje vai para esse profissional competente, esse apaixonado pelo rádio que dedicou toda sua vida aos microfones e ao radiojornalismo da Tabajara. Homem simples, pacato, discreto, educado, pessoa do bem.
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Curta sua aposentadoria, sua vida ao lado dos entes queridos, meu amigo Assis Mangueira, você escreveu seu nome na história não só da Rádio Tabajara, mas, da radiofonia paraibana e brasileira.
A exemplo de tantos outros profissionais da comunicação, instituições, não reconheceram seu talento, seus 53 anos de rádio, com a outorga de alguma comenda. Porém, conheço você, sempre foi feliz mantendo-se, digamos, no anonimato. Mas, fica o meu registro, há grandes nomes da comunicação, veteranos, “invisíveis” sem os merecidos reconhecimentos, sobretudo em vida.
Mas a EPC – Empresa Paraibana de Comunicação – na pessoa de sua diretora-geral, jornalista Naná Garcêz, prestou as devidas homenagens a Assis Mangueira. Ilustramos esse artigo com algumas fotos de nosso arquivo e enviadas pelo amigo jornalista Giovanni Meireles.
Mais detalhes
Quem tem interesse em mais detalhes sobre a história da Radio Tabajara, visite nosso blog radiotabajarapb.blogspot.com ou adquira nosso livro Rádio Tabajara – Patrimônio Cultural da Paraíba, nas livrarias de João Pessoa.
Fotos: Josélio Carneiro – Arquivo pessoal | Divulgação – Conexão Boas Notícias
Josélio Carneiro
Em 1983 publicou seu primeiro livro “Poemania”. Livros idealizados e editados: Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba (2002 – A União), Paraíba Governos em Cena (2016 – A União), Rádio Tabajara Patrimônio Cultural da Paraíba (2017 – Gráfica JB), Relatos de um Repórter – 30 anos na comunicação do governo da Paraíba (2018 – A União), A União Escola de Jornalismo (2018 – A União), Seap 90 anos (obra institucional da Secretaria da Administração Penitenciária (2018 – A União), Lyceu Parahybano – berço da cultura e do jornalismo (2022 – A União), Reinserção Social no Sistema Prisional Paraibano (2022 – A União) – obra institucional da Secretaria da Administração Penitenciária).
Através da JCA Editor está contribuindo com o resgate da memória da Paraíba em algumas áreas. Na juventude também escreveu poemas e planeja publicá-los. Casado com Maria Aparecida, pai de Cindy e Ana Maria.