Inovação aberta: conceito, exemplos e benefícios

Por Regina Medeiros Amorim


A inovação aberta (open Innovation) tem sido um dos assuntos mais abordados nos últimos tempos, pelas políticas públicas e universidades, por grandes corporações, mas também por micro e pequenas empresas. Para que a inovação aberta aconteça é preciso que haja a conexão entre as empresas interessadas, o fluxo de conhecimento e a geração da inovação.

Inovação aberta (open innovation) é um termo proposto por Henry Chesbrough (2003), que tem como objetivo melhorar o desenvolvimento de produtos ou serviços, aumentando a eficiência dos processos de desenvolvimento e inovação dentro das empresas.

Segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), inovação é a implementação de um produto, um processo, um novo método de marketing ou um método organizacional na prática de negócios, internos ou nas relações externas. Estudo da OCDE mostra que apenas 20% das pequenas e médias empresas praticam inovação aberta.

Agentes Locais de Inovação

O programa ALI (Agentes Locais de Inovação) é um projeto idealizado pelo SEBRAE em parceria com o CNPq, para estimular e apoiar às micro e pequenas empresas (MPE’s), no processo de inovação. Visa fomentar a competitividade e auxiliar no gerenciamento de projetos e soluções inovadoras.

Os ALI exercem a função de intermediários da colaboração, na inovação aberta das MPE’s, por regiões ou por setores. Cerca de dois mil profissionais ALI, atuam nos estados brasileiros, junto aos pequenos negócios em áreas como Transformação Digital, Produtividade, Ecossistemas de Inovação, Educação Empreendedora, Indicação Geográfica e Inovação Rural.

Entre as MPE’s, a colaboração é muito importante para acessar mercados globalizados, para atrair investimentos e para viabilizar o desenvolvimento tecnológico. A colaboração, por meio da inovação aberta, tem efeitos positivos no desempenho da inovação, para as MPE’s e acontecem por meio de conexões formais ou informais.

O desempenho da inovação está muito ligado à capacidade empresarial de alcançar objetivos e metas estratégicas, através de open innovation. Alguns fatores, tais como, globalização, tecnologia e os novos modelos de negócios, contribuem para que as empresas façam opção pela inovação aberta, como fonte de maior desempenho.

Poderosa ferramenta

O Indice Geral de Inovação (IGI) que mede o desempenho dos ecossistemas da inovação de 132 economias e identifica as tendências globais mais recentes, em matéria de inovação, é uma poderosa ferramenta para a formulação e desenvolvimento de políticas favoráveis à inovação.

No Mapa de Classificação do (IGI) são analisados os seguintes itens: Instituições, Capital humano e Pesquisa, Infraestruturas, Sofisticação do Mercado, Sofisticação Empresarial, Produtos de Conhecimento e Tecnologia, Produtos Criativos. A edição de 2022 do (IGI) tem como foco o efeito previsto da inovação em três áreas principais: produtividade, crescimento econômico e bem-estar da sociedade nas próximas décadas.

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Os líderes mundiais em inovação, em 2022, na América Latina foram: Chile, Brasil e México.

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Nas 10 economias mais bem classificadas por grupo de renda média alta, o Brasil ocupa a 9ª posição. Entre as economias da América Latina, o Brasil é líder regional em Sofisticação Empresarial, ocupando a 35ª posição na classificação mundial.

Ocupa a 102ª posição no item Instituições, 50ª posição em Capital Humano e Pesquisa, 65ª posição em Infraestruturas, 49ª posição em Sofisticação do Mercado, 55ª posição em Produtos de Conhecimento e Tecnologia e 51ª posição em Produtos Criativos. Em 2022, Peru, Brasil e Jamaica também registram um desempenho em inovação superior ao esperado em relação ao seu nível de desenvolvimento.

Papel importante

A inovação aberta vem sendo utilizada tanto nas grandes corporações, como nas pequenas e médias empresas, contribuindo para acelerar o processo de inovação, acessar a conhecimento externo, inclusive global, aumentar a eficiência dos projetos inovadores, criar facilidades e oportunidades para melhorar a comercialização das inovações.

O Programa Sebrae ALI, tem papel importante, na colaboração entre PME’s. Atuam na prospecção de oportunidades, no desenvolvimento de um projeto ou na mediação de conexão com grandes empresas, principalmente na etapa de geração da inovação.


Regina Medeiros Amorim

Gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB. 

Paraibana, sertaneja, natural de Santa Luzia. Em 1976 mudou-se para a capital paraibana. Viveu em Maceió (Al) de 1989 a 1999.  Radicada em João Pessoa desde 2000.

Bacharel em Economia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela Universidade de Brasília (UNB). Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência – Espanha. 

Dama Comendadora do Turismo – Cruz do Reconhecimento do Mérito do Turismo – Cruz do Reconhecimento Social e Cultural (Câmara Brasileira de Cultura | Foz do Iguaçu-PR, 14/05/22 | Campina Grande-PB, 5/11/22).

Facebook: https://www.facebook.com/regina.medeirosamorim

E-mail: reginaamorim1256@gmail.com


Edição: Josy Gomes Murta


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