Primeiro viaduto para travessia de fauna do país é construído no Pará
A obra foi uma determinação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para mineradora Vale, que iria instalar um novo trecho de rodovia para escoar a produção de minério de ferro, no Ramal Ferroviário Sudeste do Pará. A licença de instalação só seria obtida com a construção do viaduto, que corta a Floresta Nacional do Carajás.
Para assegurar o direcionamento dos animais, o viaduto foi cercado de arame galvanizado de 2,2 metros de altura ao longo de 100 metros de extensão em cada lado dos acessos. Espécies arbustivas e de pequeno porte foram plantadas nas laterais.
De acordo com o Ibama, outras 30 passagens, entre viadutos e túneis, foram instaladas ao longo dos 100 quilômetros do ramal e já existem registros do trânsito de capivaras, tatus, jaguatiricas, tamanduás-bandeira, cachorros do mato, cutias, iguanas e gatos-mouriscos.
Medida eficiente
No Brasil, a solução mais comum para garantir a passagem de animais ainda é a instalação de túneis subterrâneos. Entretanto, os bons resultados obtidos com o emprego de viadutos em países da América do Norte e da Europa chamaram a atenção da equipe de licenciamento ambiental para a eficiência da medida.
Na definição da passagem de fauna mais adequada para cada trecho são levadas em consideração as características das estradas, do tráfego, da paisagem espacial e o porte dos animais silvestres presentes na região do empreendimento.
Estudos realizados com armadilhas fotográficas apontaram a presença de felinos de grande porte e outros mamíferos.
Com informações: Conexão Planeta / O Eco / Ciclo Vivo