Educação Inclusiva: um caminho para o desenvolvimento sustentável
A Organização das Nações Unidas (ONU) ao apresentar em 2015 os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, colocou de lado, os antigos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (2000).
O novo documento organiza a Agenda Mundial do Desenvolvimento Sustentável, e apresenta 17 objetivos que devem ser cumpridos pelos 160 países signatários da carta.
Entre tantos desafios apresentados, um salta às vistas, o de nº 4, que é de suma importância para aqueles que lutam por uma educação inclusiva.
O tema é muito discutido e comentado no cotidiano. A educação inclusiva, citado no ODS 4, dita a necessidade de “assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida”.
Visto que à educação abre portas para vários outros direitos, a educação inclusiva garante que esses direitos sejam também acessados por pessoas com deficiência e outros grupos historicamente excluídos do sistema escolar.
Diversas organizações de pessoas com deficiência, a exemplo do Consórcio Internacional de Deficiência e Desenvolvimento, em sua publicação A Educação Inclusiva no Cerne dos ODS, defendem que sem a contribuição da educação inclusiva, na medida em que o acesso pleno a todos os níveis de escolaridade é o que garante a participação plena de todos os cidadãos em fóruns e espaços de decisão da sociedade, não se chegará a uma sociedade justa e equânime é aquela em que todas as pessoas, com ou sem deficiência, possuem iguais oportunidades educacionais.
A educação inclusiva é a chave para o empoderamento de meninas, mulheres e trans com deficiência, que muitas vezes sofrem dupla discriminação.
O estudo feito pelo Instituto Alana, em parceria com a McKinsey Brasil, “O Valor que os Colaboradores com Síndrome de Down Podem Agregar às Empresas”, aponta que a educação inclusiva contribui com o combate ao preconceito, à discriminação e aos estereótipos. Oferece iguais oportunidades para que pessoas com deficiência se formem e tenham acesso ao mercado de trabalho.
Boa notícia
O Brasil é signatário tanto da Agenda 2030, que contém os ODS, quanto da Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, que reforça o direito à educação inclusiva. A Lei Brasileira da Inclusão, ou LBI, de 2015, adotou partes inteiras do texto da Convenção, a começar pela definição de pessoa com deficiência, além de haver assegurado o direito de qualquer criança poder estudar em qualquer escola brasileira, pública ou privada, com os suportes necessários e sem necessidade de pagamento extra.
Preste bem atenção!
A Lei 9.394/96, que inclui “no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena e a Lei de Cotas, foi também uma grande conquista na direção de uma educação mais inclusiva.
Procure entender as demandas das pessoas com deficiência, os desafios e as alegrias da escola na implementação da educação inclusiva (um bom acervo de relatos de experiência nas escolas pode ser encontrado no portal Diversa – Educação Inclusiva na Prática).
Você pode também exigir da escola de seus filhos que seu ambiente seja diverso e valorize a diversidade; pode conversar sobre o assunto com amigos e parentes ou propor a exibição pública de um filme.
O VideoCamp, plataforma de filmes transformadores online e gratuita, disponibiliza duas playlists imperdíveis: Tolerância e Diversidade.
A educação inclusiva é o que garante a essas pessoas serem protagonistas do combate ao preconceito, à discriminação e aos estereótipos.
Honrar a educação inclusiva é construir uma educação de qualidade.
Com informações: Gabriel Limaverde – Conexão Planeta