Irmã Angélique Namaika: uma verdadeira heroína humanitária
Angélique Namaika, uma enfermeira que anda de bicicleta. Muitos não têm conhecimento desta mulher espetacular que ajudou a transformar a vida de mais de 2 mil mulheres na República Democrática do Congo.
A freira congolesa Angélique Namaika foi condecorada com o prêmio Nansen, oferecido pelo Alto Comissariado da ONU para refugiados, o Acnur, em 2013.
Angélique Namaika ajudou milhares de mulheres vítimas do grupo guerrilheiro Exército de Resistência do Senhor (LRA, em inglês), que atua em Uganda e na República Democrática do Congo.
A freira comanda, desde 2003 o Centro para Reintegração e Desenvolvimento, onde oferece treinamento e acolhimento às mulheres que sofreram abusos sexuais e agressões físicas e psicológicas. Ela foi uma refugiada por causa da guerrilha, por quatro meses, e apesar de não ter sofrido abusos, se mobilizou para ajudar.
“Comecei esse trabalho pois quando era pequena vi uma freira no meu vilarejo e fiquei inspirada por ela, disse Angélique.
De acordo com o Acnur, desde 2008, aproximadamente 320 mil pessoas têm sido forçadas a deixar a província Orientale (da DRC). Muitas meninas quando são sequestradas são entregues aos rebeldes como esposas. Há muitos casos de agressões físicas e algumas tiveram os lábios cortados e sofreram outros tipos de mutilação.
“Essas mulheres estão traumatizadas, são vulneráveis, tanto para achar comida para a família quanto para mandar seus filhos para a escola”, contou Angélique.
O Prêmio Nansen tem o apoio dos governos da Suíça e da Noruega além da Fundação Ikea, e dá ao ganhador a quantia de US$ 100 mil.
Em 2009, a irmã Angélique também foi vítima da violência do LRA e foi obrigada a deixar sua casa e se deslocar de Dungu, onde morava. Parte da sua motivação vem do seu próprio sofrimento.
“A vida destas mulheres foi destruída pela brutal violência do deslocamento. A Irmã Angélique prova que uma única pessoa pode fazer uma enorme diferença na vida das famílias separadas pela guerra. Ela é uma verdadeira heroína humanitária”, disse o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres.
Irmã Angélique Namaika: uma verdadeira heroína humanitária
Com informações: ONUBR / G1 / Público PT
Quando conhecemos histórias de pessoas abençoadas como Angélique,
sentimos uma emoção sem tamanho, e nos cobramos porque não estamos
fazendo o mesmo que ela? e nos cobramos como poderíamos ajuda-la
nesta caminhada, como? DEUS a abençoe esta grande pessoa!!