Bienal de Arte Contemporânea da América do Sul percorre os cinco continentes
Integração entre regiões e identificação das diferenças de cada cultura. A primeira Bienal de Arte Contemporânea da América do Sul (Bienalsur) pretende percorrer 32 cidades, de 16 países e apresentar cerca de 100 exposições de obras de diversos formatos e estilos.
A Bienalsur reúne mais de 300 artistas dos cinco continentes com exposições em 84 sedes. O destino inicial foi a cidade de Montevidéu e demais localidades do Uruguai. A próxima parada é em território argentino.
Ainda na América do Sul a bienal passa pelo Paraguai, Chile, Brasil, Peru, Equador e Colômbia. No continente africano a mostra se instala em Benin. Na Europa, aportam na Espanha e na França. A viagem encerra no Japão, o local mais distante de toda jornada.
“Buscamos a complexidade do outro, de participar de um projeto horizontal, onde não há um único centro, de modo que cada local possa se transformar em um centro visto desse lugar. O lema é o “Sul Global”, tem um ponto de anunciação a partir do Sul, que é de onde começamos, e em seguida esse mundo contemporâneo que é global”, explicou o sociólogo argentino Aníbal Jozami, diretor do evento e reitor da Universidad Nacional de Tres de Febrero, na Argentina.
Museus, centros culturais, embaixadas, universidades e pontos representativos do espaço público recebem obras que vão desde o pictórico tradicional até as instalações, além de documentários.
No Brasil, as cidades de São Paulo, Porto Alegre, Santa Maria, Sorocaba, Ilhabela e Rio de Janeiro sediam a Bienal de Arte Contemporânea da América do Sul. Entre os brasileiros que participam estão os curadores Paulo Herkenhoff, Tadeu Chiarelli, os artistas Cildo Meireles, Anna Bella Geiger, Eduardo Srur, Ivan Grilo, Jaime Lauriano, entre outros.
“É a mostra mais que significativa para todo o âmbito da cultura sul-americana”, afirmou Aníbal Jozami. Para o diretor do evento, a importância da interconexão não é um mero jogo tecnológico. Ele destaca a importância do conhecimento mútuo para integrar e fazer com que todos se sintam parte de um mesmo processo cultural. “Nós planejamos desde o começo que iria ser um instrumento de política regional, de integração regional”, ressaltou.
Com informações: Zero Hora / Bienalsur / La Nación / Clarín / Hipermedula / SputnikNews