Bons motivos para acreditar em tempos de descrença
Vivemos dias repletos de indagações, perguntas e dúvidas sobre o porquê das coisas, buscamos as nossas próprias verdades dentro de um mundo cheio de surpresas e acontecimentos. Mas, se existe algo que permeia a mente humana é duvidar da existência de Jesus Cristo. O ceticismo dá lugar a argumentos de que tudo que envolve o nome de Jesus e as histórias contadas na Bíblia, não passam de narrativas criadas pela igreja, para envolver fanáticos e seguidores de doutrinas, ritos e vãs filosofias criadas pelo homem.
No entanto, muitas pessoas acreditam em Jesus Cristo, mas persistem com dúvidas e buscam provas concretas e explicações de que realmente ele esteve na terra. O nome do filho de Deus tem sido tema de debates entre várias pessoas no mundo, que procuram evidências para crer, ou deixar de crer.
Entre os que duvidam da vivência de Jesus Cristo, está um grupo que se autodenomina ateu, e que acha que Jesus não passa de uma invenção.
Um exemplo de não acreditar na existência de Jesus é Hildeberto Aquino, em uma matéria da Revista Época escreveu: “Jesus é a maior ilusão da humanidade…”.
Existem diversos estudos, investigações e trabalhos que comprovam a presença de Jesus e os sinais que o acompanharam, e por mais que muitos teimem em desacreditar na Bíblia, a Sagrada Escritura é uma comprovação de Jesus Cristo na Terra.
A Bíblia é o livro mais vendido do mundo e uma obra histórica que conta vários momentos marcantes da população da Palestina, do Egito, da Assíria, do Império Romano e obviamente, de Jesus Cristo, e por mais que seja contestada, representa para os cristãos, o selo da verdade.
O que a história tem a dizer sobre Jesus:
O historiador judeu Fávio Josefo viveu na época de Jesus Cristo e em sua obra “Antiguidades Judaicas”, no capítulo terceiro do volume XVIII, diz:
“…entretanto existia, naquele tempo, um certo Jesus, homem sábio… Era fazedor de milagres… ensinava de tal maneira que os homens o escutavam com prazer… Era o Cristo, e quando Pilatos o condenou a ser crucificado, esses que o amavam não o abandonaram e lhes apareceu no terceiro dia…”
Antiguidade judaicas
No anais de Públio Cornélio
Tácito, um convicto pagão romano ( 56 d.c. – 120 d.c) foi considerado um dos maiores historiadores da Antiguidade. Em seus anais (parte XV), escreveu:
“… Nero infligiu as torturas mais refinadas a esses homens sob o nome comum de cristãos, eram já marcados pela merecida das infâmias. O nome deles se originava de Cristo, que sob o reinado de Tibério, havia sofrido a pena de morte por um decreto do procurador Pôncio Pilatos”…”
Carta de Plínio
Plínio (62 d.C. – 114 d.C.) foi um procônsul em Jerusalém e ao escrever uma carta ao imperador Trajano, relatou:
“… maldizer Cristo, um verdadeiro Cristão não o fará jamais… cantam ( os cristãos) hinos a Cristo, como a um Deus…”.
Obra Vitae Duodecim Caesarum (Os dozes césares)
O historiador romano Suetônio (70 d.C. – 130 d.C.) escreveu em um trecho do livro quinto da obra “Os doze césares”, mais precisamente no capítulo XXV, no qual evoca o imperador Tibério:
“ …expulsou de Roma os judeus, que instigados por um tal Chrestus (Cristo), provocam frequentes tumultos…”.
Urna de Tiago
Uma urna de calcário que era usada na época para depositar os ossos na cidade de Jerusalém é a primeira prova arqueológica da existência de Jesus Cristo.
O ossuário data de aproximadamente 63 d.C. e nele está escrito “Tiago, filho de José, irmão de Jesus”. Para estudiosos do assunto, o ossuário trata realmente de Tiago que era o irmão de Jesus Cristo.
Pergaminhos Sagrados
Um grande achado da arqueologia e que trata sobre a existência de Jesus Cristo na terra.
Os pergaminhos do Mar Morto que foram encontrados em Israel, no ano de 1940, esses pergaminhos e papiros, foram datados através da técnica de carbono-14 e confirmaram que se trata da época de Jesus Cristo (150 a.C. – 70 d.C.) e referem em vários pontos a um “mestre da justiça”.
Obra de Luciano Samosata
Luciano de Samosata foi um escritor grego que escreveu, apesar de não ser cristão, durante toda a sua vida (segundo século) que Jesus Cristo era adorado pelos povos cristãos, pois teria introduzido diversos novos ensinamentos e que foi por eles mesmos crucificado.
O escritor diz ainda, que entre os principais ensinamentos de Jesus Cristo estavam a fraternidade, a importância da conversão e que todos deveriam negar outros deuses a não ser o seu pai. Ele ainda fala que os cristãos viviam sob as leis de Jesus, acreditam ser imortais e desdenhavam da morte.
Escritos Gnósticos
O Evangelho da Verdade, O Apócrifo de João, O Evangelho de Tomé, O Tratado da Ressurreição, entre outros escritos sagrados, são considerados “gnósticos” e todos eles mencionam a existência de Jesus Cristo na Terra.
Mara Bar-Serapião
Mara Bar-Serapião foi um escritor sírio e ficou conhecido por ter fornecida uma das maiores referências não judaica e não cristã sobre a existência de Jesus Cristo, quando escreveu uma carta 40 anos depois da crucificação (73 d.C.) onde encoraja seu filho a adquirir conhecimento.
Nesta carta ele usa diversos exemplos como, os filósofos Sócrates e Pitágoras, além de um “rei sábio” que havia sido executado pelos judeus.
Caminhando nos passos de Jesus Cristo
As pesquisas de historiadores ajudam a confirmar que, de fato, Jesus caminhou sobre a região da Galileia há 2.000 anos. Apesar dos relatos históricos muitos continuam a duvidar, e estes que duvidam acreditam em qualquer história, que envolva um personagem, uma celebridade, mas, quando se trata da história de Jesus Cristo, passam a não acreditar.
Contudo, entre todos os depoimentos oriundos dos escritos antigos, a Bíblia Sagrada, por mais que contestada é o melhor argumento em favor de Jesus Cristo, como pessoa viva.
Existem muitos detalhes diferentes em vários evangelhos, mas com o tempo, os teólogos conseguiram criar um perfil de Jesus.
Marcus Borg, estudioso da Bíblia, autor e professor aposentado de religião e cultura, afirma:
“Nós sabemos algumas coisas sobre o Jesus histórico, menos do que alguns cristãos pensam, porém mais do que os céticos acham”.
O estudioso completa: “Apesar de alguns livros recentes argumentarem que Jesus nunca existiu, as evidências de que ele viveu são persuasivas para a maior parte dos estudiosos, sejam cristãos ou não”. [Life’sLittleMysteries]
As dúvidas persistem…
O pesquisador americano Joseph Atwill é categórico: Jesus não passa de um mito. O personagem, suas palavras e ações fazem parte de uma elaborada narrativa inventada por aristocratas romanos, com o objetivo de pacificar os judeus, um povo envolvido em sucessivas rebeliões contra o império.
Joseph Atwill apresentou suas ideias numa conferência realizada em Londres, na Inglaterra, no ano de 2013. “Os romanos perceberam que o melhor caminho para acabar com a atividade missionária fervorosa entre os judeus era criar um sistema de crenças que competisse com o deles”, declarou.
O pesquisador não é um acadêmico da área, a sua formação é em ciências da computação. Muitos dizem que ele não publicou suas pesquisas em periódicos científicos e suas ideias estão longe de ser apoiadas por seus pares.
No entanto, sua teoria recebeu atenção mundial, e foi debatida entre pesquisadores, jornalistas e religiosos. Seu poder está no fato de ela ser o capítulo mais novo de uma antiga discussão, com quase 2.000 anos de idade, sobre qual é a verdade por trás de Jesus, seus feitos, milagres e mensagem.
Ele existiu!
De acordo com as informações, os acadêmicos da área, historiadores das mais prestigiadas universidades do mundo, afirmam restar poucas dúvidas sobre a questão.
“Volta e meia aparecem essas hipóteses sobre Jesus ser um mito. Mas, do ponto de vista metodológico, parece bastante claro que ele realmente existiu”, diz André Chevitarese.
O professor do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) é autor dos livros “Jesus Histórico – Uma Brevíssima Introdução” e “Cristianismos: Questões e Debates Metodológicos”, pela Editora Kline.
Múltipla confirmação:
Nos dias atuais, o critério mais importante que os pesquisadores possuem para atestar a existência de Jesus é o da múltipla confirmação: autores diferentes, que nunca se conheceram, afirmam fatos semelhantes sobre o personagem.
Bíblia, um amuleto
As descobertas, no entanto, não dissipam as dúvidas, e muitas vezes não satisfaz até mesmo os cristãos que tem uma bíblia aberta, como se fosse um amuleto.
Existem também cristãos praticantes que leem e sabem até de cor os versículos bíblicos e se apegam a capítulos isolados, interpretam de acordo com os seus interesses, e vez por outra estão a duvidar de Jesus, seus sinais, milagres e maravilhas.
Ou seja, a descrença impera não apenas em ateus, mas no meio dos que se dizem servos de Deus, e seguem cultuando, muitas vezes em práticas e devocionais, e cada vez mais distante dos ensinamentos de Jesus.
Acreditar ou não acreditar?
A Bíblia – Livro Sagrado é a principal evidência de Jesus Cristo na Terra, e por incrível que pareça, mesmo sendo escrita há tanto tempo, ensina sobre incredulidade e demais situações vividas cotidianamente, por cristãos ou não cristãos.
Confira algumas citações bíblicas:
Jesus identificou o problema de alguns incrédulos quando lhes disse: “Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (João 5:40). Claramente, eles teriam livre arbítrio para escolher, crer ou não crer em Jesus, o problema foi que escolheram não vir. “…pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7), e aqueles que estão fora da salvação são “indesculpáveis” (Romanos 1:20-21).
Tomé um personagem bíblico ficou conhecido por sua incredulidade, após a ressurreição de Jesus, o mestre lhe disse: ” Não sejas incrédulo, mas crente”. (João: 20:27).
Em 2º Coríntios, capítulo 4 – está escrito: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus”.
No capítulo 21 de apocalipse está escrito: “Porém, quanto aos covardes, os incrédulos… “. Confira e veja quão profunda exortação.
“Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão”. (Mateus: 24:35)
Ademais, independente de incredulidade, contestações e tudo que envolve o nome de Jesus Cristo de Nazaré o filho de Deus – Ele é a Luz do Mundo. Está escrito: “Eu sou a luz do mundo” (João 8.12).
“Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. (Filipenses, 2:9)
Veja este vídeo. Medite. Pare um pouco para refletir sobre a sua vida, suas crenças, ideias e conceitos.
Paz e Luz!
Com informações: Hypescience / Veja / Suma Apologética / Bíblia Sagrada
Por Josy Gomes Murta, da redação do Conexão Boas Notícias
*Formada pelo Centro de Treinamento Bíblico Rhema Brasil / Curso Bíblico Ministerial (2004/2005)