Brasileira defenderá na ONU direitos de pessoas com deficiência
Pela primeira vez o Brasil terá representante na ONU defendendo direitos de pessoas com deficiência. A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) foi eleita nesta terça-feira (12), em Nova York, Estados Unidos, para uma vaga de perito do comitê. Ela concorreu com 21 candidatos e obteve 103 votos entre representantes de 175 países.
A deputada declarou que a eleição fortalece as políticas públicas para pessoas com deficiência no Brasil. Ela salientou que o empenho será também para buscar reduzir os preços dos produtos chamados de tecnologias assistidas – sistemas que ajudam os deficientes, como telas para pessoas que não enxergam.
Planos
“Tenho vários planos, entre eles trabalhar para desonerar tecnologias assistidas, como os leitores de telas para cegos. Isso pode ser possível firmando acordos bilaterais e assim facilitar para que as mais pessoas tenham acesso porque essas tecnologias são caras no mundo todo”, apontou.
Mara Gabrilli perdeu os movimentos da cintura para baixo, há mais de 20 anos, em um acidente automobilístico. Desde então, atua em favor das pessoas com deficiência.
Mara Gabrilli cumprirá mandato no período de 2019 a 2022 para ser exercido na Conferência dos Estados-Partes da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Ao todo, são nove peritos eleitos que monitoram a implementação da Convenção da ONU e formulam recomendações gerais para as pessoas com deficiência. As reuniões ocorrem duas vezes por ano em Genebra, na Suíça.
O Ministério das Relações Exteriores em nota, elogiou a eleição de Mara Gabrilli.
“A eleição da candidata brasileira reflete o compromisso do país com o tema, demonstrado pelos esforços e avanços das políticas nacionais para a promoção dos direitos das pessoas com deficiência.”
Segundo o Itamaraty o governo brasileiro tem atuado em favor da regulamentação e implementação dos compromissos assumidos com a ratificação da convenção, que preconiza que as pessoas com deficiência sejam protagonistas de sua emancipação e cidadania, “sem deixar ninguém para trás”, como determinado na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Com informações: Agência Brasil