Brasileiros que criaram vacina contra vício em cocaína e crack recebem Prêmio UFMG Challenge
A premiação foi este mês durante a feira de inovação Finit. Em sua quarta edição do UFMG Challenge a equipe PharmaView, que criou uma vacina contra a dependência química em cocaína e crack, foi a grande vencedora do UFMG Challenge.
Na oportunidade também foram premiados projetos que recorrem a tecnologias emergentes para resolver problemas na área da saúde e ciência da vida.
A vacina desenvolvida pela PharmaView bloqueia a entrada da droga no cérebro, impedindo assim o seu efeito. A ideia é que a solução seja agregada ao atual esquema terapêutico, para impedir recaídas e melhorar sua efetividade.
A equipe liderada pelo médico e professor da Faculdade de Medicina da UFMG Frederico Garcia vai representar a UFMG em um hackathon na Finlândia, a Ultrahack 2017 Sprint II, que será realizada de 17 a 19 deste mês.
Além da vaga no Ultrahack, a PharmaView também garantiu outros prêmios com a conquista do primeiro lugar no UFMG Challenge:
• Receberão US$120 mil em créditos para plataforma de inovação IBM Bluemix e orientações técnicas dos serviços em parceria com o CAMSS Group;
• Acesso gratuito de três meses ao Laboratório Aberto do Senai;
• Mentoria da Unidade Embrapii e do Departamento de Ciência da Computação da UFMG sobre parcerias e utilização de recursos;
• Vaga para banca de seleção final da quinta edição do Biostartup Lab e consultoria da Dhisa Valor Contábil.
Vacina contra vício em cocaína e crack
A vacina surge como uma possibilidade de tratamento e será aplicada somente em pacientes com forte motivação para abandonar a droga, receitada preventivamente a crianças ou adolescentes ou ainda como parte da luta contra o crack, um derivado barato da cocaína.
Segundo os pesquisadores brasileiros que desenvolvem há dois anos e meio a vacina, o objetivo é eliminar a dependência da cocaína.
O professor Angelo de Fátima, do departamento de Química Orgânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) declarou que “nos Estados Unidos existem pesquisas com o mesmo objetivo, mas com moléculas diferentes. Ele acrescentou: “Nossa molécula é diferente da norte-americana. Na nossa falta a parte proteica”, afirmou o brasileiro, sem revelar o nome da molécula utilizada, pois ela “ainda não foi patenteada”.
A vacina: uma possibilidade de tratamento
De acordo com o Escritório das Nações Unidas Contra a Droga (UNODC, sigla em inglês), o consumo da cocaína no Brasil é quatro vezes superior à média mundial. A vacina aparece como uma possibilidade de tratamento.
Inicialmente ela será aplicada somente em pacientes com forte motivação para abandonar a droga, receitada preventivamente a crianças ou adolescentes ou ainda como parte da luta contra o crack, um derivado barato da cocaína.
Com informações: UFMG / Só Notícia Boa / Estadão