Comer queijo com moderação faz bem ao coração, aponta estudo
Consumir produtos lácteos com moderação ajuda a proteger seu coração, segundo uma nova pesquisa da Universidade canadense McMaster.
A doutora e pesquisadora Mahshid Dehghan explicou que o consumo de queijos, iogurtes, leites e derivados, em uma quantidade moderada, uma média de três porções por dia, pode proteger o coração de doenças cardiovasculares, em vez de fazer mal à saúde. (The Guardian)
“Nós encorajamos as pessoas que têm um consumo muito baixo destes produtos a aumentar o consumo”, disse Dehghan, contestando a recorrente preocupação da população sobre estes produtos. A preocupação com os laticínios está relacionada à gordura saturada, que pode aumentar os níveis de colesterol LDL, considerado o colesterol “ruim” e ligado às doenças cardíacas.
Por outro lado, laticínios contêm nutrientes que também são bons para o coração, como aminoácidos específicos, gorduras insaturadas, vitamina K1 e K2, cálcio, magnésio e potássio.
Moderação
O consumo em excesso, contudo, não é aconselhável. De acordo com os autores do estudo, a supernutrição é um problema tão grande quando a subnutrição. Os alimentos que contêm gorduras saturadas são ricos em calorias, o que pode levar à obesidade e assim desencadear doenças crônicas como pressão alta, diabetes, colesterol, etc.
“Não encorajamos as pessoas que têm de seis a sete porções diárias para aumentar o consumo”, disse Dehghan. “A mensagem do estudo é moderação”.
O estudo foi publicado na revista científica The Lancet e contou com mais de 135.000 pessoas em 21 países em todo o mundo, do Canadá, Suécia, Tanzânia e até mesmo o Brasil. Os participantes tiveram que relatar sua rotina alimentar por anos e foram classificados por categorias de alta, média e baixa ingestão de lácteos.
Após anos de acompanhamento, os pesquisadores descobriram que as pessoas que consumiam, em média, três porções de leite, queijo ou iogurte por dia tinham taxas mais baixas de doenças cardiovasculares e menor mortalidade do que aquelas que comiam menos.
Com informações: HuffpostBR