Condomínio em Goiás ganha fazenda urbana e agrofloresta
Além de um contato diário com a natureza, moradores terão produção de alimentos orgânicos no “quintal” de casa
Morar “no mato”, ter a natureza pertinho e de quebra ainda colher alimentos cultivados de maneira sustentável. Muita gente pensa que isso só é possível quando se vive em casa, com um quintal muito grande ou em locais afastados. Mas não é bem assim. Um condomínio em Aparecida de Goiânia incorporou uma agrofloresta e uma floresta urbana em sua área comum.
O Parqville Figueira, empreendimento da CINQ Desenvolvimento Imobiliário, vai dar aos moradores a oportunidade de ter “no quintal” de casa o cultivo de alimentos no sistema agroflorestal, além de um espaço verde para quem precisar de um banho de floresta. Caminhar no meio de árvores, ouvir o canto dos pássaros e passar algum tempo na natureza. Excelente para a saúde saúde física e mental.
As 295 famílias que vão viver no condomínio vão ter à disposição uma unidade de produção de alimentos orgânicos. Embora a manutenção da fazenda urbana seja feita por um trabalhador especializado contratado para esta finalidade, os moradores poderão “colocar a mão na massa” se desejarem e o condomínio também poderá realizar atividades de educação ambiental e alimentação saudável.
Com uma área de 1.100 m², a previsão é que a fazenda urbana do condomínio produza cerca de produção de 100 cestas de produtos orgânicos por semana, com 10 itens cada. Isso equivale a 1 mil itens (pés de hortaliças) semanais e 4 mil que poderão ser colhidos mensalmente. Os produtos serão comercializados pela associação aos moradores, a preço de custo.
Além da fazenda para plantio de orgânicos, o condomínio será o primeiro a ter uma agrofloresta urbana exclusiva para os moradores, um sistema de recuperação ambiental que combina espécies arbóreas com espécies alimentares e aumentará a produção de alimentos no condomínio. Na fase inicial, enquanto as mudas das espécies arbóreas estão pequenas, são plantadas hortaliças, mandioca, pimenta, tomate, banana, alfaces, rúculas, agrião, cenouras, beterrabas, couve-flor, brócolis, couves e outras que precisam receber sol.
Nas fases seguintes, as espécies alimentares serão as frutíferas e culturas de meia sombra que se desenvolvem bem sob as árvores que crescem. Serão 2.700 mudas plantadas inicialmente, já na fase de obras do condomínio, em uma área de 2,4 hectares.
Preservação
Eduardo Pinheiro, um dos sócios da CINQ Desenvolvimento Imobiliário, explica que a agrofloresta foi incluída no projeto após a empresa descobrir dois olhos d’água até então desconhecidos durante suas prospecções técnicas e ambientais dentro da área. Para preservá-los foi necessário criar um raio de 100 metros de mata, inexistente na concepção inicial, e a agrofloresta foi a técnica escolhida para o reflorestamento.
De acordo com especialistas, a mistura das espécies é a melhor forma de promover o desenvolvimento natural de uma floresta, considerada uma das melhores alternativas para reflorestamento urbano. Em simbiose, as espécies se desenvolvem, com a biodiversidade contribuindo para o enriquecimento do solo, a produção de alimentos, entre outros benefícios.
“Além da produção de alimentos, a agrofloresta aumentará a cobertura verde do condomínio, que já tem uma outra mata preservada”, conta Pinheiro, um dos sócios da CINQ Desenvolvimento Imobiliário. Serão duas Áreas de Preservação Permanente (APP), mais quatro Áreas Públicas Municipais (APM), que juntas somam 113.174,16 m2. Para se ter ideia dessa dimensão, ela corresponde a 1,5 vez a área de um dos parques mais visitados de Goiânia, o Parque Vaca Brava.
Jardins de chuva
Outro diferencial ambiental do projeto é a drenagem por meio de jardins de chuva. No Parqville Figueira, os jardins de chuva serão integrados ao paisagismo com a função de absorver as águas das chuvas, que retornarão ao seu ciclo natural.
Com informações: Ciclo Vivo
Edição: Josy Gomes Murta
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