Curta-metragem resgata tradição das rezadeiras do interior da Paraíba
Um ritual de palavras, gestos e conhecimentos. No interior da Paraíba, na cidade de Duas Estradas, a tradição das rezadeiras sobrevive. Nas lentes da roteirista e diretora Dayanne Borges, uma delas se tornou personagem e título de um curta-metragem: “Da Luz”.
A obra, lançada em outubro, busca enaltecer a figura da rezadeira e despertar a consciência da sociedade para a valorização dessa tradição, em processo de abandono ao longo dos anos. Dona Da Luz, conhecida no município por suas rezas capazes de curar qualquer dor, segundo ela própria, representa essas mulheres.
“É uma senhora que não mede esforços para manter a tradição deixada pelo seu pai”, conta Dayanne Borges. Dona Da Luz é alvo da curiosidade das pessoas. A rezadeira garante que já realizou curas milagrosas até mesmo pelo telefone celular.
A equipe do documentário é formada só por mulheres. Além de Dayanne Borges (roteirista e diretora), participaram da criação da obra Rebeca Linhares (assistente de direção), Ângela Regina (fotografia), Janaina Lacerda (técnica de som) e Tarciane Gomes (edição). O trabalho ainda contou com orientações da professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Virgínia Gualberto e do cineasta Torquato Joel.
O curta-metragem foi resultado das oficinas do Laboratório de Cinema para Jovens Paraibanos, o Jabre, na cidade do Congo, em 2016. O projeto busca estimular a juventude dos 223 municípios paraibanos a produzir curtas-metragens. O objetivo é descentralizar a produção que acontece apenas em algumas regiões do estado.
A história de Dona Da Luz, no auge dos seus 98 anos e na sua contínua luta para manter viva sua tradição, foi selecionada em segundo lugar entre os roteiros produzidos por jovens na área de Cinema, Comunicação e Jornalismo.
Com informações: Wscom
Belíssimo trabalho.. nos lembrando e recordando da importância de valorizarmos nossa cultura! E a cultura das rezadeiras.