Economia Criativa: empreender é mudar a ordem econômica existente e criar novas experiências para os consumidores

Por Regina Medeiros Amorim

Considerando um ambiente de mudanças constantes em um mercado incerto, desconfie se tudo na sua empresa estiver bem. Para que o seu negócio seja escalável na nova economia é preciso saber que problema a sua empresa resolve, para o consumidor, pois só criamos valor e somos necessários, quando resolvemos o problema do cliente.

Estar a serviço do cliente é enxergar na sua essência a sua necessidade, mesmo quando ele ainda nem sabe dizer para você, o que ele precisa. Portanto, não foque nos seus produtos e serviços, mas sim no problema do seu cliente.

Recentemente fui convidada para fazer uma palestra sobre Empreendedorismo no Turismo, para uma comunidade, com um baixo conhecimento sobre o tema, que certamente eu precisava adequar a minha palestra para uma linguagem mais simples, que gerasse interesse do público e de uma forma mais lúdica. Foi quando planejei uma performance teatral, com mais dois personagens, para passar todo o conteúdo necessário. E deu muito certo!

Oportunidade para inovar

Com isso podemos concluir que, o que podia ser um problema, foi uma oportunidade para inovar a forma de fazer palestras, para públicos diferenciados. Assumir desafios e resolver problemas em qualquer empresa, significa inovar e aprender continuamente.

No cenário dos negócios e das organizações, para se ter sucesso é necessário que se faça experimentos, sem medo de errar, mas aprendendo sempre. Alvin Toffler, escritor e visionário americano, já dizia que “os analfabetos do século XXI são aqueles que não sabem aprender, desaprender e reaprender, novamente”.

Para sobreviver na nova economia, os negócios precisam aprender a fazer diferente, entregar de forma diferente e adaptar-se ao que é possível fazer diante dos desafios. O futuro não é mais como antes e a sua competência passa a ser um indicador da sua capacidade de lidar com as mudanças.

Trago como exemplo, a dificuldade que muitas empresas organizadoras de eventos estão passando por não inovarem o seu modelo mental e tradicional de fazer eventos. Ficam amarradas em um único local preconcebido no seu imaginário e descartam qualquer possibilidade de fazer uma feira de negócios, em um município com menos de dez mil habitantes, onde não há um centro de convenções.

Como assim?

A Feira pode se adequar a estrutura da cidade e não a cidade se adequar a somente uma forma de fazer o evento.

A exposição pode acontecer em um local, o seminário em outro, as rodadas de negócios em outro lugar e assim a cidade é contemplada com o evento, em vários locais e em horários diferentes, sem prejudicar absolutamente em nada, os resultados econômicos, sociais e culturais, além de reduzir o investimento para a realização do evento.

Esse exemplo também traz as principais causas de desaparecimento de muitas empresas, exatamente porque continuam a fazer as coisas, sempre do mesmo jeito, não se adaptam às novas realidades e não assumem riscos, nem desafios.

Novas experiências

O empreendedor é aquele que muda a ordem econômica existente e cria novas experiências para os consumidores, ou seja, cria produtos e serviços, para novos mercados, por meio da inovação. A experiência do cliente agrega valor positivo a sua marca. O valor é o que o cliente efetivamente compra. É a única vantagem competitiva que diferencia a sua empresa das outras.

É possível modelar o futuro, utilizando o seu poder de criatividade e imaginação, com previsões estratégicas que abrem a nossa mente para possíveis fatores que podem impactar cenários futuros. É antecipar-se às mudanças, antes das mesmas acontecerem. É buscar caminhos de crescimento, focados em potencializar os clientes existentes, atrair novos clientes, inovar sempre, buscar maior participação no mercado.

Liderar em tempos de mudanças

Para liderar em tempos de mudanças, o desafio é criar um ambiente compartilhado de transparência, confiança e propósito, da organização.

O tipo de liderança nos tempos atuais é alguém que compreende a necessidade de adaptar e preparar a equipe da empresa, para cuidar da sua sobrevivência e das demandas, com coerência, sensibilidade, presença e com o seu exemplo à frente de grandes desafios.

O líder ausente não cria consciência compartilhada e nem desperta a coragem nas pessoas da equipe, para aprender e inovar.


Regina Medeiros Amorim

Gestora de Turismo e Economia Criativa. Paraibana, sertaneja, natural de Santa Luzia. Em 1976 mudou-se para a capital paraibana. Viveu em Maceió (Al) de 1989 a 1999.  Radicada em João Pessoa desde 2000.

Trabalha no Sebrae da Paraíba. Mestre em Visão Territorial e Sustentável do Desenvolvimento, Pós-graduada em Gestão e Marketing do Turismo.

Dama Comendadora do Turismo – Comenda Cruz do Mérito do Turismo – Câmara Brasileira de Cultura. (Outorga de Notáveis da Região Sul em Foz de Iguaçu e demais regiões do Brasil – Foz do Iguaçu-PR, em 14/05/22).

Facebook: https://www.facebook.com/regina.medeirosamorim

E-mail: reginaamorim1256@gmail.com


Edição: Josy Gomes Murta


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