Economia Criativa: o “compartilhamento” no mundo dos negócios
Por Regina Medeiros Amorim
Dentre as novas economias que estão influenciando outras formas de fazer negócios está a economia compartilhada, com mais abertura para os mercados de nicho e mais distribuição em redes.
A economia compartilhada apoiada pela tecnologia digital estimula novas possibilidade de se fazer negócios de forma mais personalizada, amplia o acesso a mercados e até gera ganhos de escala e eficiência econômica.
São pessoas empreendedoras que estão compartilhando seu tempo, prestando serviços por meio das plataformas digitais e gerando renda adicional, com bens e serviços que ficam ociosos por determinado tempo.
Fica muito claro que a essência da economia compartilhada é fazer com que um bem que você tem, seja útil para outra pessoa e, ao mesmo tempo, gere um benefício financeiro para você. É uma nova economia que atende ao perfil do consumidor que prioriza o acesso em vez da posse ou a locação em vez da compra de bens materiais.
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Trata-se da relação P2P (pessoa para pessoa), onde é possível ser comprador e consumidor em uma mesma plataforma digital de negócios.
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A economia compartilhada pode viabilizar e organizar atividades econômicas em marketplace, onde empreendedores compram e vendem entre si economizando tempo e dinheiro, sem hierarquias. Estamos falando de plataformas que facilitam o empreendedorismo nos mercados tais como a EatWith (https://www.eatwith.com) uma plataforma que aproxima viajantes a uma experiência gastronômica local.
Já são milhares de anfitriões que têm paixão por cozinha, espalhados em 200 cidades de 50 países ao redor do mundo, que proporcionam um encontro, para uma refeição. Uma grande tendência do turismo gastronômico do século XXI na sua dimensão de encontros com os moradores.
Será cada vez mais comum os negócios com vendas no e-commerce, para expandir suas vendas online e na loja física. Etsy (https://www.etsy.com ) é um desses mercados online, onde as pessoas e vendedores independentes se juntam para criar, vender, comprar e colecionar artigos únicos, personalizados, customizados.
Shopify (https://www.shopify.com) é outra plataforma com todos os recursos de e-commerce e pontos de venda necessários para você começar, gerenciar e expandir o seu negócio. Ter uma loja virtual pode ser uma das melhores formas de expandir a sua marca no mercado global. Mesmo que seu negócio seja micro ou pequeno, o seu alcance e visibilidade no digital é macro.
Empreendedores de micro e pequenos negócios precisam acompanhar as mudanças de comportamento dos consumidores, motivados pela variedade e diversidade dos modelos de acesso aos mercados.
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A economia compartilhada está mudando a forma de pensar e de melhor se relacionar com os outros, além de criar diferentes experiências de consumo com maior qualidade e variedade.
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Considerando as diversas opções de hospedagem na plataforma P2P, a hospedagem pode ser em um imóvel, mas também pode ser em um motorhome (https://boraboramotorhome.com.br) ou um hotel de barracas de camping.
Trata-se de um mercado em que consumidores têm acesso ao que procura, podendo locar de outros consumidores. É vantagem comprar tudo para acampar apenas uma vez por ano ou é melhor alugar de alguém que busca uma oportunidade de gerar renda com a sua capacidade ociosa? Se o mercado de locação P2P se tornar mais presente na mente das pessoas, mais negócios serão realizados através do acesso e não da posse.
Talvez alguém esteja pensando, então vamos deixar de comprar para alugar?
Sim, mas se os bens estão sendo utilizados com mais intensidade, certamente serão substituídos com maior frequência. Os mercados de locação P2P promovem a inclusão social e a possibilidade de consumidores com renda mais baixa, economizarem alugando do que comprando o bem.
As plataformas da economia compartilhada também têm impacto nas perspectivas de trabalho no século XXI, onde os melhores profissionais podem prestar serviços, através do mercado digital de mão de obra, conseguindo um valor melhor por horas trabalhadas, como freelancer. Em resumo, as plataformas da economia compartilhada estão permitindo que um número maior de não especialistas, seja demandado nas plataformas de compartilhamento, não como empregados, mas como empreendedores.
Regina Medeiros Amorim