Economia Criativa: o poder do questionamento para um insight inovador
Por Regina Medeiros Amorim
Diante de um mundo em constantes transformações é preciso buscar novas formas de exercitar a criatividade ou a solução de problemas. É fundamental romper com velhas ideias e opiniões formadas sobre tudo, para investir na melhoria da nossa capacidade de questionar sobre o que parece ser imutável ao nosso redor.
Ideias revolucionárias, inovações e novas formas de pensar, começam com uma poderosa pergunta, que pode ser colocada em prática e gerar resultados e mudanças consideráveis.
O inventor Mark Noonan diz que “se você nunca fizer absolutamente nada a respeito de um problema, então, na verdade, você não questiona – você reclama”.
A pergunta inteligente estimula a resposta inteligente e produz um sentimento de descoberta, de nova compreensão e de insight inovador. Estudo da IBM, com CEO’s, identificou a criatividade como “a competência de liderança” prioritária do futuro.
A geração de ideias criativas para novos produtos, serviços, processos e negócios, surgem de pessoas inovadoras que pensam diferente e agem diferente, com humildade suficiente para reconhecer a falta de conhecimento e confiantes para admitir isso à frente dos demais membros da organização da qual pertencem.
Fico a imaginar o quanto alguns empresários têm evoluído e avançado com tantos projetos inovadores, como verdadeiros líderes de negócios, apesar das adversidades, diante de experiências frustrantes e conservadoras da gestão dos seus territórios. Por que é possível encontrar em qualquer lugar, uma situação pronta para melhorias e mudanças? Mudar continuamente a trajetória é uma forma de inovação, assim também, começar uma jornada pelo questionamento, abre grandes possibilidades de encontrar colaboradores para a mesma questão.
Inovar, criar, enxergar
Se você é capaz de solucionar problemas, com perguntas sobre ele, de forma eficaz, você pode inovar produtos ou serviços, criar um negócio e enxergar uma nova carreira profissional. Pessoas que acham que sabem tudo, que confiam na sua intuição, estão menos propensas a perguntar.
Fazer perguntas desafiadoras é desconfortável, mas ao mesmo tempo, estimula aos ouvintes a não aceitar quase tudo que escutam, sem questionar.
A maioria dos líderes de negócios não questionam o suficiente e ainda não formulam as melhores perguntas para terem as melhores respostas. Na escola de negócios, eles não foram treinados para questionar as teorias administrativas, as condições atuais de mercado e o desafio das mudanças.
Na economia criativa, questionar é uma prática que estimula a criatividade e favorece a inovação. O mercado de negócios se caracteriza pela velocidade, flexibilidade e pelas ações colaborativas, portanto um ambiente empresarial que permite mais questionamentos, da parte das empresas.
E a sua empresa, o que faz de melhor e a quem se destina?
Talvez você nem saiba responder nesse momento, mas ao pensar sobre isso, certamente você descobrirá um objetivo mais significativo, inspirador e autêntico, para o seu empreendimento.
Diante de um cenário econômico com profundas mudanças provocadas pela tecnologia digital, ter uma resposta mais adequada sobre valores, propósitos e os objetivos da sua empresa é fundamental, para se manter no caminho certo, mesmo que seja necessário alterar os seus objetivos.
As mudanças disruptivas comprometem velhos hábitos e tradições, por isso pergunto: E se você não estivesse à frente da empresa, o que você acha que o próximo líder de negócio faria? Muitas vezes a melhor resposta não é aceita porque se tem o apego emocional ao negócio, fato que bloqueia a mais significativa das mudanças necessárias.
Aprender a fazer perguntas certas
Questione sobre “o que você deve parar de fazer na sua empresa”. A resposta certa, aumenta as suas chances de ser bem-sucedido. Caso permaneça sem resposta, você continuará gastando recursos no que não é mais necessário e reduzindo os investimentos no que deveria ser prioridade.
Conforme a empresa elimina obstáculos, abre-se um cenário de possibilidades e melhores relacionamentos entre os consumidores, a empresa e os seus colaboradores, que atualmente não buscam apenas o salário, mas algo, que esteja alinhado com o seu propósito de vida. Aprender a fazer perguntas certas é compreender o que importa no presente e no futuro.
Regina Medeiros Amorim