Economia Criativa: o protagonismo de mulheres empreendedoras no século XXI
Por Regina Medeiros Amorim
Tenho me dedicado à várias leituras sobre as novas economias e cada vez mais fico a me questionar: como posso me preparar para as mudanças que estão chegando? Como entender o cenário competitivo e como me adequar e melhor aproveitar o universo digital para enxergar as oportunidades?
A era digital faz parte das novas economias, marcada pela sociedade em rede, a abundância de recursos intangíveis e o protagonismo de mulheres empreendedoras, que pode ser um dos caminhos para o sucesso dos negócios e a melhor condução da economia e da sociedade no século XXI.
São várias as habilidades que caracterizam as mulheres empreendedoras. Na compreensão e abordagem do comportamento humano, as mulheres se superam e se adaptam mais facilmente ao ambiente da abundância. É geneticamente comprovado que as mulheres estão mais propensas a cuidar dos outros, ampliar relacionamentos, trabalhar em equipe, investir mais em conhecimentos.
A invisibilidade do trabalho feminino na ciência e em outras atividades, foi marcada pela opressão estrutural da organização social, ainda nos tempos atuais. Mulheres fazem e contribuem significativamente para a ciência e a tecnologia, as artes e às novas economias.
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“Se não quiser sucumbir, a economia em rede precisa tornar o arquétipo feminino dominante, nas empresas e em todas as organizações.”
-Walter Longo
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O publicitário, empresário e escritor Walter Longo diz que “Se não quiser sucumbir, a economia em rede precisa tornar o arquétipo feminino dominante, nas empresas e em todas as organizações”. Para ele, os homens, são analógicos e as mulheres são digitais. “É a elas, e ao arquétipo feminino, que este mundo pertence”. Os arquétipos são componentes do inconsciente, que correspondem a padrões emocionais, comportamentais e cognitivos. Estes padrões determinam a forma de processar sensações, preocupações e símbolos.
A revista Forbes destaca o protagonismo feminino em uma lista de vinte mulheres de sucesso em 2022, que brilham em suas áreas. Dentre elas, está Ana Isabel Carvalho Pinto, que atua como mentora estratégica e curadora de moda, foi a idealizadora e cofundadora do e-commerce Shop2gether.
Ana Karina Bortoni Dias, primeira e única mulher presidente de um banco brasileiro de capital aberto no Brasil, o Bmg.
Bianca Andrade, empresária e influenciadora digital, hoje é uma mulher de negócios que movimenta milhões de reais na internet e tem 17 milhões de seguidores no Instagram.
Jaqueline Goes, biomédica e pesquisadora em nível de pós-doutorado do Instituto de Medicina Tropical da FMUSP e do Imperial College de Londres. Coordenou a equipe que sequenciou em tempo recorde de 48 horas, o genoma do vírus causador da Covid-19, assim que o primeiro caso foi detectado no Brasil.
São mulheres que não se cansam de aprender. Leem mais, frequentam muitos cursos, trocam mais conhecimentos, questionam mais e por isso encontram mais soluções, quando à frente da gestão inovadora das empresas.
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“É a elas, e ao arquétipo feminino, que este mundo pertence.”
-Walter Longo)
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A mulher gestora se destaca na tomada de decisões e são excelentes executivas nas áreas de comunicação e marketing. Nas suas características estão as habilidades de cooperação, liderança, relacionamentos, decisões conscientes, cada vez mais valorizadas nas organizações, no cenário contemporâneo.
Na Paraíba algumas mulheres que estão à frente das organizações, se destacam no empreendedorismo, na sua capacidade de relacionamento, foco nos detalhes e na responsabilidade socioambiental.
É visível a gestão inovadora de Naná Garcez, na presidência da EPC – Empresa Paraibana de Comunicação. Também da Luciana Balbino, como empresária da comunidade rural de Chã de Jardim, em Areia – PB, da Maria Júlia Baracho, na gestão do Engenho e Hotel Triunfo, em Areia – PB. Ruth Avelino é um bom exemplo de gestora pública, presidente da PBTUR – Empresa Paraibana de Turismo, promovendo o turismo da Paraíba. A atuação da Karina Leon, como empresária e secretária de turismo de Bananeiras – PB. Todas elas, representam muito bem a força do empreendedorismo feminino, criativo e colaborativo, das mulheres paraibanas.
Cada vez mais as mulheres estão transformando o seu empreendedorismo feminino em realidade e contribuindo para a resolução de problemas, de forma holística e sistemática. Importante reconhecer que as mulheres são multidisciplinares e representam o futuro dos negócios e das organizações, na era digital.
Regina Medeiros Amorim