Estilo de Vida Minimalista: mais feliz com menos

Por Henrique Rossoni

Afinal, o que é o minimalismo? É um estilo de vida em que consiste viver somente com o essencial, evitando o acúmulo de bens materiais e o consumismo exagerado. Esse movimento já é bastante comum na Europa e, agora, está iniciando a sua caminhada pelo Brasil.  

A nossa sociedade vive a cultura da soma, sempre querendo adquirir mais bens, mais diversão, mais comida, mais internet, etc. Parece até que existe um buraco sem fundo a ser preenchido infinitamente. O estilo de vida minimalista procura se concentrar apenas no que é necessário e importante para viver, o que significa evitar o acúmulo de objetos, organizar melhor a rotina e ter mais tempo para fazer aquilo que gosta e estar com quem ama.

O desejo é algo que aprisiona muitas pessoas que sofrem com o consumismo compulsivo. A porcentagem de culpa sobre o consumismo compulsivo vem da mídia e de outros veículos de comunicação, que bombardeiam as pessoas diariamente, para que elas busquem consumir mais do que precisam, sem nem mesmo se darem conta disso.  Ter um guarda-roupa reduzido, andar de bike, transporte coletivo e carro de aplicativo; tem um smartphone que não seja de última geração, são exemplos de uma vida minimalista.

Ter poupança é muito mais inteligente do que ter coisas. As coisas quando adquiridas, normalmente trazem uma alegria passageira e, depois a conta no vermelho uma dor de cabeça constante.  O minimalismo é uma tendência, não existem regras fixas, pois as pessoas têm necessidades diferentes umas das outras. A proposta é se desapegar de muitos bens materiais e viver com o que é realmente necessário. Eu, por exemplo, tenho apenas 40 peças de roupas em meu guarda-roupa, incluindo peças íntimas. Vivo perfeitamente bem com essa quantidade e, me propus a não aumentar esse número. Quando compro uma peça de roupa nova, imediatamente me desfaço de uma usada.

Você deve ter e manter os bens que utiliza mais de 80% no período de um ano. Se a utilização for bem menor que esse percentual, o bem deve ser alugado e não comprado. Recentemente, houve o casamento da minha filha. Eu não tinha e não tenho terno preto como recomendado para a ocasião. Simplesmente aluguei o traje e participei da cerimônia com muita elegância. Posteriormente devolvi à loja de aluguel.  Eis a questão fundamental: para que comprar um terno preto, que será utilizado raramente e mantê-lo em meu guarda-roupa, se há a possibilidade de alugá-lo.

Essa é uma atitude tipicamente minimalista, que explicita uma forma de agir sem cair no consumismo. A evolução humana deve ser focada em “ser, fazer e compartilhar”. Quanto mais se evolui, o “ter” perde em muito a sua importância. Busque experiências significativas, elas farão parte do teu ser. As coisas materiais sempre estarão separadas de você. Pense nisso!

Henrique Rossoni

Nascido em Passo Fundo (RS), radicado em João Pessoa (PB) desde 2005. Há mais de 15 anos realiza consultorias, cursos, palestras, e atuando como life coach e headhunter, nas áreas de Gestão de Carreira Pessoal e Desenvolvimento Corporativo. Graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Passo Fundo (RS). Pós-Graduado em Administração Pública, pela Fundação Getúlio Vargas em Brasília (DF). Exerceu funções relevantes no Ministério da Saúde e Ministério da Justiça em Brasília, e no Conselho Administrativo de Defesa Econômica, no Rio de Janeiro (RJ).

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