Estudos indicam que o futuro das compras é desmaterializado e democratizado
Por Regina Medeiros Amorim
As novas tecnologias estão desmonetizando e democratizando os recursos limitados e escassos e construindo negócios transformadores, com o uso da inteligência artificial, biotecnologia, redes, sensores, realidade aumentada, impressoras 3D e tantas outras inovações.
À medida que as tecnologias convergem, seu potencial para a disrupção aumenta em larga escala. Estamos falando dos ganhos de produtividade, acesso à informação e geração de riqueza com as novas tecnologias, em diversas áreas da nossa vida.
Observe…
Basta observar o mercado de carros compartilhados e autônomos que serão cinco vezes mais baratos, do que o custo de possuir um carro pessoal. Ou a capacidade de fabricação sob demanda das impressoras 3D, que elimina os espaços para estocagem de suprimentos e sinaliza o fim do mercado de peças de reposição.
Acompanhe…
Acompanhe como a realidade virtual poderá transformar os mercados da saúde, da educação e do entretenimento. O futuro da educação com a tecnologia, permite acessar uma variedade de ambientes imersivos, proporcionando aos alunos a rica experiência no ensino de alta qualidade.
Como não lembrar da nanotecnologia com os materiais cada vez menores na produção de óculos, computadores, câmeras, baterias em miniatura, lentes de contato inteligentes, dentre muitas outras inovações, para que os objetos ganhem propriedades como impermeabilidade, antirreflexo, autolimpeza, resistência a raios ultravioleta e outros.
Desmonetização
A desmonetização nos diz que os consumidores querem mais agilidade e qualidade por menor custo. A inteligência artificial nos diz que haverá impacto positivo no varejo, tornando-o mais rápido, mais barato e mais eficiente, desde a compra até a entrega do produto.
A tecnologia de prateleiras inteligentes é uma inovação que impede furtos, automatiza o abastecimento e mantém a disponibilidade de estoque. Trago o exemplo da Bass Pro Shops que pela diversidade de experiências e variedade de produtos, é possível passar o dia inteiro na loja. Muitos não compram nada, mas adquirem pelo site da loja.
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Bass Pro Shops é um showroom para quem quer pescar, acampar ou praticar qualquer esporte ao ar livre, que deseja apreciar, tocar e testar o seu próximo equipamento.
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Sair de casa para vivenciar experiências será cada vez mais a maior motivação, porque proporciona entretenimento saudável. O maior shopping center do mundo é o South China Mall, que fica na China, na cidade de Dongguan. Com cerca de 600 lojas, divididas em áreas temáticas o shopping tem hotéis, parques de diversões, com atrações radicais, como uma montanha-russa, elevador com 60 metros de queda livre, uma pista de patinação e os modernos cinemas com telas gigantes, com capacidade para até 600 pessoas por sessão.
Para percorrer a imensidão do shopping, o turista pode fazer o passeio de gôndola pelos canais ou veículos a bateria que fazem o mesmo percurso dos canais, por via terrestre. South China Mall tem conceito diferenciado de centro comercial, razão pela qual tem chance de continuar no mercado e no mundo dos negócios inovadores por um bom tempo.
Desmaterializado e democratizado
Estudos indicam que o futuro das compras é desmaterializado e democratizado. Caminhamos para um tempo em que a inteligência artificial nos surpreenderá com decisões de compras que nem tínhamos imaginado antes. Isso nos leva a crer que o fim do shopping center tradicional está próximo.
É fundamental acompanhar a atual crise hídrica, a mudança climática, perda da biodiversidade, que ameaçam o planeta. Se aprendermos a trabalhar de forma colaborativa temos chances de sobreviver. Por isso a energia limpa é prioridade para interromper a mudança climática. A energia que utilizamos no mundo, também está em total desmonetização, assim como as necessidades básicas de transporte, educação, comunicação e negócios. As energias renováveis representam um terço da energia mundial e o seu custo é relativamente menor.
Um longo caminho a ser percorrido
É preciso ter visão de longo prazo, com ações preventivas para eliminar riscos existenciais e agilidade para adaptar-se às transformações. Ainda há um longo caminho a ser percorrido com as novas tecnologias, capaz de lidar com os problemas que nos preocupam, com os dispositivos que nos conectam e com a mudança tecnológica acelerada.
Regina Medeiros Amorim