Exposição: Museu do Amanhã imagina futuro do trabalho em 50 anos

Museu do Amanhã, inaugura sua nova exposição “Ofisuka 2068 – Imaginando um Futuro do Trabalho” e convida os visitantes a descobrir um futuro possível para a vida profissional 50 anos adiante.

Particularmente esse futuro foi imaginado por designers do Instituto Europeo di Design (IED), pela equipe do Laboratório de Atividades do Amanhã | LAA, e por jovens, que provavelmente testemunharão esse futuro, no qual estima-se que 65% das crianças que hoje estão na escola primária irão desempenhar atividades ainda não existentes.

Futuro preferível
Foto: Albert Andrade | Divulgação

Marcela Sabino, curadora da exposição e diretora do LAA, explica: “Buscamos inspiração numa espécie de futuro preferível, dentre os muitos caminhos possíveis. Partimos da premissa de que 50 anos à frente as questões econômicas e sociais mais evidentes já tenham sido equacionadas e apostamos nas tendências incipientes que estão surgindo e que dependem das escolhas que faremos como sociedade”.

 Ela diz também que “A exposição é, antes de mais nada, uma provocação a imaginar e a criar um amanhã além das narrativas sobre automação extrema e desemprego tecnológico, que dominam as manchetes de hoje. O exercício que fizemos uniu criatividade e ciência para construir uma ideia de futuro do trabalho que fosse mais positiva do que aquelas que vemos nos cinemas e na ficção científica, completa.

Na exposição
Foto: Albert Andrade | Divulgação

O visitante se depara com uma grande Ofisuka (palavra que significa escritório-casa em japonês), um ambiente versátil que mescla trabalho e convívio de forma colaborativa, que a curadoria da exposição acredita que será muito popular em 2068. Em contraponto à tendência de excessiva virtualização, a Ofisuka é um espaço de trabalho para onde as pessoas poderão se mudar por temporadas para desenvolver projetos, obras ou empreendimentos específicos.

“Nos perguntamos: qual seria o papel do ser humano em uma sociedade na qual questões como renda mínima já terão sido equacionadas, e a tecnologia continuará a redefinir padrões de conforto, eficiência, precisão e produtividade? Talvez o nosso lugar seja desenvolver trabalhos mais criativos. Imaginamos que em 50 anos, pessoas do mundo todo se organizarão por projetos temporários em espaços como a Ofisuka para desenvolver novas organizações, iniciativas, campos de pesquisa ou para criar atividades científicas, tecnológicas ou artísticas, por exemplo”, conclui.

Metodologia
Foto: Albert Andrade | Divulgação

A metodologia usada na criação da mostra foi baseada na disciplina “Estudos de Futuros”, que auxilia no desenvolvimento de estratégias, de políticas públicas, e de novos produtos e serviços para influenciar futuros possíveis. O exercício envolveu a análise de sinais de mudança e suas implicações no tempo e em vários níveis sociais, culturais, ambientais e de negócios.

A exposição apresentará algumas possíveis novas profissões como: Onironauta (mineradores de matéria onírica bruta), Pensigner (designer de pensamentos), que facilitam a hipercriatividade de um futuro marcado pela união entre tecnologia, pessoas, natureza e sociedade, que habilitará novas formas de se organizar, interagir e consumir. Assim, conhecimentos em design, psicologia, matemática, neurobiologia e filosofia, e de meditação serão importantes para os profissionais do futuro.

Percurso narrativo
Foto: Albert Andrade | Divulgação

O percurso narrativo ainda exibirá ao público possíveis padrões do trabalho daqui a 50 anos: o de hipercriatividade, que une indivíduos à tecnologia; o de quimeras, novas organizações híbridas entre humanos e não-humanos que viverão como famílias; e o de pessoas artificiais – capazes de gerenciar seus próprios recursos e estabelecer relações de troca.

Na exposição, visitantes poderão ver ferramentas, equipamentos, que serão usados em 2068 como a geladeira de gel, as impressoras 3D que criarão móveis e exoesqueletos, impressoras de comida, máscaras de visualização, e casulos de dormir.

Pessoas poderão entrar nas Cápsulas onde os Onironautas mineram matéria bruta de sonhos, poderão interagir com uma ferramenta de prototipagem de realidade aumentada no Projectum, e poderão entrar em estados meditativos nos Dream Pods, manipular cenas de sonhos no ComumSonho – Estúdio de Protipação.

Museu do Amanhã, na Zona Portuária. Exposição Ofiuska. Foto: Bruno Kelly | Reuters | Reprodução

A exposição Ofisuka 2068 – Imaginando um Futuro do Trabalho, em parceria com os designers do Instituto Europeo di Design (IED), ficará em cartaz até dezembro.

Serviço:

Ofisuka 2068 – Imaginando um Futuro do Trabalho

Data: 19 de setembro (quarta-feira)

Horário: das 10h às 18h

Local: Museu do Amanhã

Endereço: Praça Mauá, nº 1, Centro – Rio de Janeiro 


Com informações: Quintino Gomes FreireDiário do Rio de Janeiro

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