Uma iguaria típica da gastronomia do município de Bananeiras, situado no Brejo da Paraíba – Nordeste do Brasil.
A peteca de banana é feita a partir da fritura de uma massa a base de banana, trigo, leite e ovos, polvilhada com açúcar e canela. Para quem gosta de uma pitadinha do doce sabor, pode degustar a receita com uma bola de sorvete – o petit gateau bananeirense, e mel de engenho.
À primeira vista parece uma rabanada, pois fica totalmente envolvida com açúcar e canela, Mas, ao degustá-la, o gostinho da massa tem o sabor da banana, com toda a maciez da fruta, e o perfume da banana. Só de ver já dá água na boca!
“Olha a Banana, olha o bananeiro”, quem não conhece esta canção do cantor brasileiro, Jorge Ben Jor?
A banana é uma das frutas mais conhecidas e consumidas em todo o mundo, porém, uma das mais populares do Brasil. A fruta é encontrada em abundância na cidade de Monteiro, graças ao trabalho dos produtores rurais da região.
A Peteca de Banana é uma receita simples, rápida e fácil de ser preparada, principalmente para um lanche da tarde ou uma sobremesa depois do almoço.
A guloseima tem origem incerta. Alguns dizem que surgiu no século passado, das antigas cozinheiras do fogão a lenha, das índias ou dos escravos que viviam na região naquela época.
Essa sobremesa tão singela, inicialmente era vendida na cidade de porta em porta. Com o passar do tempo, a receita tão conhecida na cidade de Bananeiras, foi passando de geração a geração, caiu no gosto até dos paladares mais exigentes, e hoje é servida nos restaurantes.
A Peteca de Banana tornou-se uma iguaria, e transformou-se numa opção bastante diferenciada de comer a fruta, onde as sobras da banana são reaproveitadas.
O prato ganhou destaque, e muito em breve vai ser incluído na lista do Patrimônio Imaterial do município brejeiro. A Peteca de Banana é muito apreciada durante a Rota Gastronômica, um evento que acontece anualmente no Projeto Cultural Caminhos do Frio, também no Festival Sons e Sabores, e nos Festejos Juninos no Brejo Paraibano.
Confira a receita da Peteca de Banana. A deliciosa sobremesa faz parte das pesquisas do livro de receitas: “Paraíba – Mar ao Sertão”, do Chef paraibano Carlos Ribeiro:
Rende: 20 unidades
*Ingredientes
。12 bananas nanicas maduras
。1 colher (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
。2 xícaras (chá) de farinha de trigo
。1 colher (chá) de fermento em pó
。1 ovo
。3 xícaras (chá) de açúcar (duas para a receita e uma para misturar com a canela)
。3 colheres (sopa) de canela em pó
1. Descasque as bananas e amasse bem com um garfo. Junte os demais ingredientes e misture bem devagar. Reserve.
2. Numa frigideira grande, coloque óleo suficiente para fritar por imersão. É fundamental que o óleo esteja bem quente para que o bolinho fique firme após a fritura.
3. Com uma colher ou escumadeira, vá colocando as porções e vá fritando, aos poucos. Quando ficar bem firme, vire para dourar a outra parte. Depois de fritas, coloque as petecas sobre toalha de papel para escorrer o óleo. Polvilhe com açúcar e canela e está pronta para servir a sua peteca.
Chef Carlos Ribeiro
O Chef Carlos Ribeiro nasceu em João Pessoa, na Paraíba.
Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e em Relações Públicas. Doutorando e Mestre em Cultura, pela Universidade de São Paulo (USP).
Lecionou em cursos de graduação em gastronomia na cidade de São Paulo, na Universidade de Vila Velha (ES), SENAC de Pernambuco (PE) e Regent´s College Londres. Atualmente leciona em sua própria escola e cursos de pós-graduação em gastronomia em várias cidades do Brasil e Exterior.
Livros de gastronomia publicados:
História e Cultura; Panificação; Confeitaria; Higiene e Manipulação de Alimentos; Cozinha Contemporânea pela Hotec; Comida é Arte pela Arte Brasil Editora; Cozinha do Vale do Paraíba Arte Brasil Editora; Culinária Japonesa Para Brasileiros pela Publifolha; Em andamento: Paraíba do Mar ao Sertão e Comida de Santo que se come.
Projetos Culturais:
Valorização da Cozinha Regional Brasileira. Coordena viagens técnicas, aulas e palestras da cozinha brasileira para grupos de estrangeiros com alunos: Japoneses, Americanos, Franceses, Suiços, Chineses, Singapurianos, Belgas e também grupos de Brasileiros interessados na cozinha do Brasil.
Atualmente pesquisa sobre a mandioca, dendê e seus derivados.
Carlos Ribeiro é curioso e apaixonado pela culinária, criou uma cozinha autoral, sempre com base nas suas viagens Brasil afora.
“Destas incursões pelo país que trago a matéria-prima essencial de meu trabalho, em que sempre associo paladar à cultura”. (Chef Carlos Ribeiro)