Gurinhém realiza primeira edição do Festival da Jaboticaba
Mais um produto do Turismo Rural do Estado. O 1º Festival da Jaboticaba aconteceu neste fim de semana no Sítio Serra do Catolé, zona rural a 30km de Gurinhém, Região do Agreste paraibano.
O evento formatado pela Prefeitura de Gurinhém com o apoio do Fórum de Turismo do Vale do Paraíba. A programação destacou a cultura, gastronomia e as potencialidades do lugar para o turismo de aventura.
O objetivo principal: unir à comunidade local em busca de alternativas de emprego e renda, com base na agricultura familiar e economia criativa, gerando sustentabilidade a comunidade Serra do Catolé.
O Festival da Jaboticaba contou com a participação da comunidade, autoridades locais, parceiros e jornalistas, que participaram ativamente de toda a programação.
Segundo o prefeito, Cláudio Madruga, com o lançamento do Festival foi dado o primeiro passo para o desenvolvimento econômico e sustentável do local. “Hoje eu estou prefeito de Gurinhém. Se o próximo prefeito não abraçar a ideia, o evento acaba. É necessário que as famílias envolvidas neste projeto acreditem nele para que se consolide e permaneça atraindo visitantes e gerando renda”, declarou Madruga.
“Desenvolvimento sustentável é um tipo de incremento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro”, declara a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas.
O município de Gurinhém, em 2017 criou a Coordenação de Turismo atendendo ao chamamento voluntário do Ministério do Turismo (MTur), cumprindo assim, um dos critérios básicos para entrar no Mapa do Turismo da Paraíba, que faz parte do Programa de Regionalização do Turismo (PRT), do MTur, implantado pela Secretaria de Estado do Turismo e do Desenvolvimento Econômico (Setde).
A coordenadora de Turismo, Lúcia Cavalcanti destacou: “Desde a criação da Coordenação de Turismo estamos trabalhando para o empoderamento da comunidade local, mostrando que eles podem fazer!”
Ela salientou: “Estamos fazendo levantamento das potencialidades turísticas do município, do patrimônio histórico e cultural e cadastrando artesãos”.
Para 2108 a Coordenação de Turismo tem como meta conseguir parcerias publico/privadas para alavancar as atrações culturais, principalmente no período das Festas Juninas, que é importante para o calendário de eventos da região. Pretende também construir propostas para o desenvolvimento do Turismo de aventura, e dar encaminhamento ao projeto Turístico do Matão, além de fomentar o turismo na área urbana da cidade.
Para o presidente do Fórum de Turismo do Vale do Paraíba, o pedagogo José Maximino, o Festival era um sonho da comunidade e nasceu da necessidade de potencializar o turismo na região.
“Nós temos uma riqueza que é peculiar a nossa comunidade, os sítios nativos de jaboticaba“, ressaltou. A colheita da jaboticaba acontece anualmente de janeiro a fevereiro, logo após as chuvas concentradas do inicio do ano.
“Vários cursos foram feitos para que a comunidade pudesse aproveitar o período da safra e produzir derivados da fruta, como licores, geleias e cocadas”, explicou.
As jaboticabeiras do Sítio Serra do Catolé, também estão no cardápio dos pássaros do agreste, como perequito, sabiá, sanhaçu, pardal e rolinha, que proliferam suas sementes fazendo com que outros pés nasçam e se espalhem formando imensos jaboticabais.
A gestora de Turismo do Sebrae Regina Amorim, esteve no evento e incentivou os novos empreendedores do turismo rural. “O tema escolhido aqui é bem interessante “a Jaboticaba”, um fruto local e ainda conta com a vocação para o turismo de aventura. “Uma vez que se consegue atrair o turista e ele se encanta, o que não é difícil com um apelo como esse, ele volta”, explicou Regina.
Dona Maria Nazaré Vieira, moradora do Sítio Serra do Catolé, vê no 1º Festival da Jaboticaba um sonho realizado não apenas para ela, mas para toda comunidade. “A jaboticaba nasce em todo canto, até na pedra”, revelou dona Nazaré.
Poetisa, ela escreveu a história do lugar onde vive desde que nasceu em um pequeno folhetim e chama o Sítio de “Meu Paraíso”. “Não tinha estrada pra chegar aqui, nem energia, nem lugar pra estudar, mas mesmo assim este lugar é um paraíso de paz. E como vai ser bom mostrar esta paz aos que virão nos visitar”, disse dona Nazaré.
1º Festival da Jaboticaba: agricultura familiar, economia criativa, gerando sustentabilidade
Com informações: Ana Célia Macedo – O Concierge