Inaugurada a Casa de Cultura Hermano José em João Pessoa
Artista plástico e ativista cultural. Uma vida entre pincéis, tintas, telas, música clássica e horizontes. Para homenagear o paraibano falecido em 2015, foi inaugurada no dia 19 de maio a Casa de Cultura Hermano José, no bairro Bessa, em João Pessoa (PB).
A casa abrigava a residência e o ateliê de Hermano José. Todo o seu patrimônio artístico-cultural foi doado post-mortem à Universidade Federal da Paraíba (UFPB), responsável por tornar o local um espaço aberto ao público como desejava o paraibano.
Nos últimos anos a casa passou por reparos, com o cuidado de manter suas características originais preservadas. A residência carrega a identidade do artista, em cada objeto e lugar. No local, os visitantes podem encontrar o mobiliário do paraibano, peças de arte, pertences pessoais e obras de Hermano José em exibição. No espaço, a UFPB também realizará cursos, exposições e eventos.
Um sonho antigo
A casa onde Hermano José morava foi construída pelo engenheiro Silvio Bezerra, seu irmão. Muito ligado a estética, foi o paraibano que definiu como queria a casa e a divisão dos cômodos.
Pela proximidade com a natureza, o artista escolheu o bairro do Bessa para morar. Na época, a região era isolada e de difícil acesso. A casa reflete o jeito simples, humilde e a postura franciscana do paraibano amante da arte.
O sonho de Hermano José era ver sua residência transformada em uma casa cultural, de valorização da sua vida e obra, além de um espaço para exposições permanentes e itinerantes de artistas locais.
Ex-professor da UFPB, recebeu em 2015 uma homenagem da universidade com a inauguração da Sala Hermano José, na Biblioteca Central da instituição. Na ocasião, o artista lançou o seu livro de poesias intitulado “Anotações no Tempo”.
O artista
Hermano José Guedes nasceu em Serraria, em 19 de julho de 1922, mas seus primeiros anos de vida foram passados na cidade de Caiçara. Com 11 anos de idade mudou-se para João Pessoa. Sua trajetória artística foi iniciada na década de 1940.
Ganhou o mundo através das gravuras em metal que criava com a qual chegou a integrar o acervo do Museu Metropolitano de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Nas telas, retratar a falésia do Cabo Branco era um dos seus grandes fascínios. O paraibano imortalizou nos linhas, traços e cores as alamedas do Centro Histórico, o bucolismo dos engenhos, a mágica circense e tantas outras paisagens.
Hermano José faleceu na capital paraibana aos 92 anos, vítima de agravamento de uma cardiopatia, e de problemas renais e respiratórios.
Ambientes e acervo
Confira alguns cômodos, obras e objetos da Casa de Cultura Hermano José:
Serviço:
Casa de Cultura Hermano José
Rua Argemiro de Figueiredo nº 3697, Bessa, João Pessoa – PB
Com informações: VirtuPB / Paraíba Comunidade / UFPB / Portal Codisma