Ipea lança centro de pesquisa em ciência e tecnologia

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou, nesta quinta-feira (7), o Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS).

O novo núcleo reúne pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento para estudar os impactos que a ciência e a tecnologia têm na economia, na sociedade e na qualidade de vida das pessoas, especialmente nas áreas de saúde, educação e sustentabilidade.

“É vital, nos dias de hoje, quando a ciência está sendo questionada, a gente discutir a importância que a produção científica e tecnológica tem para o desenvolvimento do Brasil e como amplificar esses impactos positivos sobre o desenvolvimento, o crescimento econômico e a geração de renda”, disse a pesquisadora Fernanda De Negri, coordenadora do CTS.

Para o diretor de Estudos, Infraestrutura e Inovação do Ipea, André Rauen, o novo núcleo vai beneficiar o trânsito da informação dentro do instituto, ao integrar várias áreas que antes atuavam de forma independente umas das outras.

Primeira vez

“Pela primeira vez a gente vai conseguir trabalhar interestruturas, transversalmente. Vamos sair das caixinhas e vamos trabalhar em função do objeto; vamos estimular que os pesquisadores trabalhem em função da transformação da sociedade, voltados para problemas concretos. Não existe país no mundo que tenha feito o desenvolvimento tecnológico sem o apoio do Estado. Pesquisa e desenvolvimento, mesmo privado, depende de apoio público, que tem de ser complementar. Isso ocorre na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Alemanha e na China”, disse Rauen.

A pesquisadora do CTS Priscila Koeller apresentou, durante o lançamento do novo centro, um estudo mostrando que os investimentos em ciência e tecnologia vêm caindo nos últimos anos podendo chegar a níveis dos anos 2000, se o governo não desbloquear as verbas para o setor este ano.

“Se a gente não conseguir reverter as reservas de contingência, a estimativa é ficar em níveis abaixo ao ano 2000. É retroceder 20 anos. Ainda há tempo de negociar. Temos um cenário complexo”, mostrou ela, apontando gráficos com dados dos últimos 20 anos.


Com informações: Agência Brasil

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