Livro registra os 89 anos da Associação Paraibana de Imprensa
A Associação Paraibana de Imprensa (API), foi criada aos 7 de setembro de 1933, portanto, completa agora em 2022 seus 89 anos de luta em defesa dos jornalistas e da democracia. No final dos anos 1950 e início dos anos 1960, na gestão do presidente Adalberto Barreto, as bandeiras de lutas marcaram a entidade. Com o golpe militar de 1964 nossa API foi invadida, jornalistas foram presos.
Páginas sobre essa época de resistência foram escritas pela historiadora e jornalista Fátima Araújo no livro História da API, obra publicada em 1985. Tópicos dessa publicação estamos trazendo em livro patrocinado pela gestão atual da associação tendo à frente o presidente Marcos Wéric.
Resgatar a memória da API dos últimos 36 anos – 1986 a 2022 – era uma proposta que esse jornalista pesquisador nutria há alguns anos. A gestão Marcos Wéric e Karla Alencar abraçou a ideia e estamos buscando relatos dos ex-presidentes desse período. A API de memoráveis lutas do passado e a API contemporânea será revisitada nas páginas desse livro que estamos editando. Será mais livro sobre memórias que organizo.
Memorialista
Jornalista há 33 anos, em 2002 estreei nessa seara memorialista com o livro Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba. De lá pra cá, são oito livros idealizados e publicados, o documentário da API será a nona obra.
Entendo que preservar a história é algo de fundamental importância em todas as áreas. Então publiquei livros sobre o jornal A União, o Liceu Paraibano, os 90 anos da Secretaria da Administração Penitenciária, um segundo livro sobre a Rádio Tabajara, e mais recentemente um sobre ressocialização de pessoas no sistema prisional paraibano, esse, institucional da Seap.
Depois de 1985, com o livro de Fátima Araújo, passaram-se 36 anos e havia essa lacuna sobre a trajetória de nossa Associação Paraibana de Imprensa. De parabéns a gestão atual por abraçar esse projeto memorialista.
As gerações mais jovens de profissionais da comunicação em nossa Paraíba necessitam conhecer os passos de nossa API, entidade que ficou conhecida e reconhecida nacionalmente por enfrentar e ser perseguida pelos militares golpistas naqueles anos de chumbo que perduraram até meados de 1980.
Episódios
O ex-presidente da API, jornalista, escritor e cronista Gonzaga Rodrigues nos relata episódios sobre aqueles anos de luta quando jornalistas de esquerda foram destituídos da diretoria da entidade por jornalistas direitistas apoiados pelo golpe militar. Aguardemos, portanto, esse livro sobre a API de ontem e de hoje. A obra também destaca a participação das mulheres jornalistas na entidade.
Presidentes da API de 1986 a 2022: Nonato Guedes, Agnaldo Almeida, Walter Santos, Rubéns Nóbrega, Nonato Bandeira, Antonio Costa, José Euflávio, João Pinto, Marcela Sitonio e o atual, Marcos Wéric. Marcela Sitônio, única mulher a presidir a API em 89 anos de história.
Josélio Carneiro
Em 1983 publicou seu primeiro livro “Poemania”. Livros idealizados e editados: Tabajara – 65 anos – a Rádio da Paraíba (2002 – A União), Paraíba Governos em Cena (2016 – A União), Rádio Tabajara Patrimônio Cultural da Paraíba (2017 – Gráfica JB), Relatos de um Repórter – 30 anos na comunicação do governo da Paraíba (2018 – A União), A União Escola de Jornalismo (2018 – A União), Seap 90 anos (obra institucional da Secretaria da Administração Penitenciária (2018 – A União), Lyceu Parahybano – berço da cultura e do jornalismo (2022 – A União), Reinserção Social no Sistema Prisional Paraibano (2022 – A União) – obra institucional da Secretaria da Administração Penitenciária).
Através da JCA Editor está contribuindo com o resgate da memória da Paraíba em algumas áreas. Na juventude também escreveu poemas e planeja publicá-los. Casado com Maria Aparecida, pai de Cindy e Ana Maria.