Máscaras de “parente” da bananeira substituem descartáveis
Mais resistente à água do que uma máscara N-95 comercial, material se decompõe em apenas 2 meses.
Cânhamo de Manila, Musa textilis ou ainda abacá. Estes são os nomes dados à fibra e à planta da família Musaceae (a mesma da bananeira) nativa das Filipinas. No país, está crescendo a demanda por esta fibra natural para o setor de saúde. Entre outros usos, ela serve para fabricação de máscaras compostáveis, portanto, menos danosas ao meio ambiente.
Nas Filipinas, país em que a fibra de abacá já é usada para fabricação de saquinhos de chá e cédulas e que agora é empregado na produção de máscaras para proteção facial à Covid-19.
O material é tão durável como o poliéster, mas tem a grande vantagem de se decompor em apenas dois meses.
Um experimento realizado no Departamento de Ciência e Tecnologia do país mostrou que o papel de abacá é mais resistente à água do que uma máscara N-95 comercial e é adequado para filtrar partículas perigosas. Ou seja, além de contribuir para a redução da produção de lixo, trata-se de um produto de qualidade que realmente tem potencial de substituir as máscaras descartáveis comuns.
Com tantas benefícios, a demanda por abacá pode aumentar exponencialmente, sendo que 10% da produção será usada para fins médicos – em 2019 foi menos de 1%. A estimativa foi feita por Kennedy Costales, chefe da agência de fibras das Filipinas, ao Bloomberg.
Ao mesmo veículo, Firat Kabasakalli, diretor de uma exportadora da fibra, confirmou que a produção dos fios dobrou. Mesmo o valor sendo mais alto do que as fibras plásticas, o abacá está sendo encomendado por fabricantes de equipamentos de saúde chineses, indianos e vietnamitas.
Máscaras de abacá
Abaixo alguns modelos feitos com a fibra natural que são comercializados nas Filipinas:
Com informações: Ciclo Vivo
Edição: Josy Gomes Murta