Menino que aprendeu a ler sozinho aos 2 anos entra para sociedade de alto QI
Aos 26 meses, o menino britânico aprendeu a ler sozinho. Os pais levaram-no a fazer um teste de QI, no qual obteve 139 pontos. Agora, faz parte da exclusiva Mensa e conta até 100 em seis línguas
Saber contar até 100 em seis línguas. Algo surpreendente quando se fala de uma criança de 4 anos.
Teddy Hobbs aprendeu a ler sozinho com 2 anos, durante a pandemia, e, recentemente, tornou-se o membro mais novo da sociedade Mensa, formada pelas pessoas com maior quociente de inteligência (QI) do mundo.
Depois do confinamento, quando Teddy Hobbs voltou à creche, a educadora ficou impressionada ao perceber que o menino sabia ler. A mãe, Beth Hobbs, conta numa entrevista à Radio 4 da BBC que não sabia o quão inteligente era a criança e desconhecia se seria normal um menino daquela idade saber ler — Teddy é o seu primeiro filho com o marido Will.
“Lembro-me de o levar à escola um dia e dizer que achava que ele tinha aprendido a ler sozinho. A princípio, não acreditaram em mim”, recorda a mãe de Portishead, no Sudoeste de Inglaterra. A criança tinha então 26 meses.
Teste de QI
Em Setembro de 2022, depois de Teddy saber contar até 100 em várias línguas e até ser capaz de ler livros como os de Harry Potter, levaram-no a fazer um teste de QI, antecipando a entrada para o pré-escolar. “Dissemos-lhe que se sentaria a fazer alguns puzzles com uma senhora durante uma hora. Ele achou que foi a melhor coisa do mundo”, recorda a mãe ao Metro.
A surpresa chegou com o resultado do teste. Com apenas 3 anos, Teddy tinha somado 139 pontos, quando a a maioria das pessoas pontua entre os 85 e os 115. Para estabelecer comparação: o físico Isaac Newton, responsável pela teoria da gravidade, tinha um QI entre 190 e 200. Já Albert Einstein somava um quociente de 160, tal como Stephen Hawking.
Foi então que Beth e Will Hobbs souberam que o filho se podia juntar ao setor infantil da conceituada sociedade de inteligência Mensa. “Ficámos um bocadinho ‘como assim?’. Sabíamos que ele conseguia fazer coisas que os colegas não conseguiam, mas não tínhamos percebido o quão inteligente era”, recorda a mãe.
Apesar do choque inicial, os pais decidiram inscrever o menino com três e nove meses — tornando-se o membro mais jovem da sociedade internacional. No site da Mensa, explica-se que o teste de QI consiste na resolução de 35 problemas num tempo limite de 25 minutos.
Um génio em formação
Beth Hobbs confessa ainda não compreender como é que o menino atingiu este nível de inteligência com tão pouca idade, já que nem ela nem o marido são “linguistas”, nem particularmente inteligentes, conta, com humor. “Brincamos sempre a dizer que o médico que colocou o embrião deve tê-lo picado com uma agulha para ele ser assim”, elabora, lembrando que Teddy nasceu com recurso a fertilização in vitro.
Ser quase um génio aos 4 anos não é um mar de rosas, explica a mãe. Por exemplo, Teddy não tem qualquer interesse nos desenhos animados adequados à sua idade, nem na maioria dos jogos que os pais lhe instalam no tablet, oferecido recentemente, quando a irmã nasceu. Em vez de jogos, “prefere usar aplicações para tentar aprender a contar até 100 noutras línguas” — sabe fazê-lo em inglês, alemão, espanhol, francês, galês e mandarim.
A memória do menino também é de impressionar, relata Beth: “Não conseguimos esconder-lhe nada, ouve tudo. Lembra-se de conversas que tivemos com ele no Natal do ano passado.”
E não vale a pena soletrar uma palavra na esperança de o menino não a compreender: “As minhas amigas dizem ‘vamos comer b-o-l-o?’ e os filhos delas não sabem o que estamos a dizer, mas o Teddy vai responder imediatamente que também quer.”
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“A ideia dele de diversão é sentar-se a recitar a tabuada.”
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Para entreter o menino, os pais tiveram, então, de ser criativos. “A ideia dele de diversão é sentar-se a recitar a tabuada”, exemplifica. Para prevenir que o filho desenvolva um “complexo de superioridade”, Beth diz tentar mantê-lo “humilde”.
Até agora, celebra, Teddy ainda não percebeu o quão dotado é, quando comparado com os colegas de escola. “Os amigos sabem ler algumas letras do alfabeto, enquanto ele já conseguiria ler um Harry Potter.”
Tal não significa que Teddy leia as aventuras do feiticeiro criado por J.K. Rowling: “Escolhemos livros emocionalmente apropriados, mas ele está numa fase em que consegue ler qualquer coisa que lhe colocamos à frente”. Resta saber qual será o futuro do menino-prodígio.
Com informações: Público / Metro