Modelo fez história ao se tornar a primeira pessoa com Síndrome de Down a posar para a Victoria’s Secret

Sofia Jirau: modelo e ativista porto-riquenha, uma jovem de 25 anos, primeira modelo com síndrome de Down da Victoria’s Secret que estreou na passarela da New York Fashion Week, em fevereiro de 2020.

A modelo participou recentemente da campanha da nova coleção de roupas íntimas confortáveis ​​para o dia a dia da marca americana de lingerie Love Cloud.

Ela capturou a atenção da indústria da moda quando estreou na passarela na New York Fashion Week e sua carreira começou a ganhar força durante a pandemia. 

Sonho tornado realidade

Sofia, que também fundou sua própria marca, Alavett, disse que posar para a Victoria’s Secret é um ‘sonho tornado realidade’, mas os comentaristas on-line admitiram sentir ‘emoções misturadas’ durante a campanha e levantaram preocupações sobre sexualizar um indivíduo com síndrome de Down. 

A Love Cloud é uma nova iniciativa da marca de lingerie, que vem tentando recuperar a credibilidade com uma série de iniciativas, como seu primeiro sutiã de mastectomia, modelos racialmente diversos promovendo roupas íntimas em diferentes tons de pele e a contratação da beleza transgênero Valentina Sampaio – depois de ser criticado por sua falta de diversidade. 

A estrela de TV Jameela Jamil certa vez a chamou de ‘empresa transfóbica e gordofóbica que se propõe a excluir a maioria das mulheres’, enquanto os números de vendas em declínio, o fechamento de lojas e o cancelamento de sua vitrine de passarela de alto nível aumentaram os problemas da empresa nos últimos anos.

A modelo e ativista porto-riquenha Sofia Jirau, de 25 anos, fez história ao se tornar a primeira pessoa com Síndrome de Down a posar para a Victoria’s Secret | Reprodução |Conexão Boas Notícias

A modelo celebrou a notícia da sua campanha no Instagram, Sofia disse: ‘Um dia sonhei com isso, trabalhei nisso e hoje é um sonho tornado realidade. Finalmente posso contar meu grande segredo… sou a primeira modelo da Victoria’s Secret com síndrome de Down.’

Campanha de inclusão

Compartilhando uma foto em preto e branco dela modelando o sutiã da marca, ela continuou: ‘Obrigada a todos vocês por sempre me apoiarem em meus projetos. Obrigado a @victoriassecret por me ver como modelo #NoLimits e me fazer parte da campanha de inclusão da Love Cloud Collection. Este é apenas o começo, agora está formado.’ 

“Por dentro e por fora não há limites, Alavett”, disse ela, citando sua própria marca, que recebeu o nome da frase em inglês “I love it”. 

Sofia, que possui 167.000 seguidores, compartilhou uma foto em preto e branco onde ela modela um sutiã floral da marca.

Sua campanha No Limits, chamada Sin Límites, tem como foco a conscientização sobre a Síndrome de Down. 

Mantendo em forma! Sofia, que cuida de seu físico de modelo, disse que posar para a Victoria’s Secret foi um sonho tornado realidade | Reprodução |Conexão Boas Notícias

A modelo também é designer que lançou a loja online da Alavett em 2019.  

Ela fez sua estreia na passarela na New York Fashion Week em fevereiro de 2020 e chamou a atenção do mundo.

Ela disse na época: ‘Estou orgulhosa como uma das poucas modelos com síndrome de Down que conseguiram participar do importante evento de moda”. 

A modelo e estilista quer mostrar que tudo é possível se você trabalhar nos seus sonhos e agradeceu à Victoria’s Secret por incluí-la na campanha  | Reprodução |Conexão Boas Notícias

‘Modelar nos Estados Unidos foi o começo da conquista do sonho que tenho desde cedo – desfilar nas passarelas mais importantes do mundo.’ 

Ela disse que esperava que a mudança inspirasse outras pessoas que vivem com Down a atingir seus objetivos. 

Seu ídolo final é JLo e Sofia disse que adoraria conhecê-la um dia.   

Na segunda-feira, a Victoria’s Secret lançou sua coleção Love Cloud, o próximo passo em seu rebranding após uma fase difícil. 

A linha de sutiãs confortáveis ​​do dia a dia da marca conta com 18 mulheres modelando as peças.

Algumas delas, como Hayley Bieber e Taylor Hill, são modelos profissionais, mas a campanha também traz mulheres inspiradoras para martelar a mensagem de que a marca é acessível a todos.

A campanha inclusiva apresenta Celilo Miles, um bombeiro da tribo Nez Perce-Wildland e Sylvia Buckler, uma designer de acessórios que modela o sutiã enquanto embala sua barriga de grávida. 

Modelo fez história ao se tornar a primeira pessoa com Síndrome de Down a posar para a Victoria’s Secret

Em entrevista à Vogue, Celilo disse que ainda não acredita que foi selecionada para a campanha.

“Eu costumava assistir ao desfile da Victoria’s Secret e gostaria de estar naquele palco.” 

“Todo mundo queria estar naquele clube, mas você sabia que não pertencia àquele clube”, ela disse. 

Ela acrescentou que, quando começou a modelar, tentou perder peso para caber em um tamanho que não podia sustentar porque acreditava que era a coisa certa.  

A campanha também traz modelos plus size como Paloma Elsesser e Devyn Garcia. 

A Vogue  observou que a coleção é a primeira sob o mandato do novo diretor criativo da Victoria’s Secret, Raúl Martinez, que vem trabalhando duro para repensar como a marca se comercializa para as mulheres. 

Foto: Reprodução | Conexão Boas Notícias

Sexo e relacionamentos para pessoas com Síndrome de Down 

Antigamente, a sexualidade não era considerada um problema para as pessoas com Síndrome de Down por causa da crença errônea de que a deficiência intelectual significava um estado permanente de infância.

No entanto, todas as pessoas com síndrome de Down têm sentimentos sexuais e necessidades de intimidade, explicou a organização de direitos humanos National Down Syndrome Society (NDSS).

A educação sexual é considerada a melhor maneira de garantir que a expressão desses sentimentos seja feita de maneira socialmente aceitável e apropriada à idade.

“As crianças com síndrome de Down experimentam a mesma sequência de alterações físicas e hormonais associadas à puberdade que outras crianças da mesma idade. No entanto, muitas vezes há um atraso no desenvolvimento da maturidade social, autocontrole emocional e habilidades de resolução de problemas’, disse o  NDSS.

A educação sexual adequada para indivíduos com Síndrome de Down deve, portanto, prestar muita atenção à tomada de decisões, às pressões dos colegas, aos relacionamentos e às habilidades sociais.


Com informações: Mail Online / Vogue / Glamour

Edição: Josy Gomes Murta

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