Noruega é o país mais feliz do mundo, diz Relatório Mundial da Felicidade

Em 2015, a ONU e os seus estados membros lançaram os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável que buscam acabar a pobreza, reduzir as desigualdades e proteger o planeta. Segundo as Nações Unidas, esses são três aspectos que podem levar ao bem estar e a felicidade das nações.

Na sua edição de 2017, o World Happiness – Relatório Mundial da Felicidade, que compreende o período entre os anos de 2014 a 2016, divulgou através da ONU, no dia da felicidade (20/03), que a Noruega é o país mais feliz do mundo. Em seguida, Islândia, Suíça e Finlândia que completam a lista das nações mais felizes do mundo.

A Europa Ocidental e a América do Norte dominam o topo do ranking, com os Estados Unidos e o Reino Unido nas 14ª e 19ª posições, na devida ordem.

Foto: Reprodução

O Brasil está no 22º lugar entre 155 países. É a segunda queda consecutiva do país.

Na edição de 2016, referente ao período de 2013 a 2015, o Brasil já havia caído do 16º para o 17º lugar.

A pesquisa foi realizada através de uma pergunta bastante simples e subjetiva e que foi feita a mais de 1 mil pessoas todos os anos em mais de 150 países:

 “Imagine uma escada, com degraus numerados de zero na base e dez no topo. O topo da escada representa a melhor vida possível para você e a base da escada representa a pior vida possível para você. Em qual degrau você acredita que está?”.

No final o resultado médio é a nota do país, que, neste ano, variou de 7.54 (Noruega) a 2.69 (República Centro-Africana).

No entanto, o relatório também analisa as estatísticas para explicar por que um país é mais feliz do que o outro.

Entre os dados observados, estão o desempenho da economia (medido pelo PIB per capita), apoio social, expectativa de vida saudável, generosidade e exposição de corrupção, liberdade de fazer escolhas e apoio social, medido pela sensação de “ter alguém para contar em momentos de dificuldades”.

Cidade de Bergen, na Noruega, eleito o país mais feliz do mundo em 2017. Foto: VEJA/iStock

Ainda de acordo com o estudo, as nações menos felizes são Ruanda, Síria, Tanzânia e Burundi. A República Centro-Africana ocupa a lanterna.

Países na África Subsaariana e atingidos por conflitos tiveram notas previsivelmente mais baixas.

A Síria ficou no 152º lugar entre 155 países, e Iêmen e Sudão do Sul, que estão enfrentando fome iminente, estão nas 146ª e 147ª posições, respectivamente.

Países mais Felizes do mundo: Noruega; Dinamarca; Islândia; Suíça; Finlândia; Holanda, Canadá; Nova Zelândia; Austrália e Suécia.

Menos felizes: Iêmem; Sudão do Sul; Libéria; Guiné; Togo; Ruanda; Síria; Tanzânia; Burundi e República Centro-Africana.

A pergunta persiste: quem está feliz e quem não está?

Um rosto sorridente é visto em um girassol em um campo de girassol em Lawrence, Kansas, Estados Unidos. Foto: Charlie Riedel

O portal Socientifica publicou um artigo: Quem está feliz, quem não está? Noruega no topo da lista, Estados Unidos desce.

No texto adaptado do MedicalSpress, de Seth Borenstein, escritor de ciências e professor adjunto da Universidade de Nova Yorque, a frase:

“Se você quer ir para o seu lugar da felicidade, você precisa mais do que dinheiro. E um casaco de inverno — e senso de comunidade.

A publicação traz análise e comentários a respeito do Word Happiness Report 2017:  “A Noruega é o país mais feliz da Terra, o povo dos Estados Unidos está ficando mais triste e que é preciso mais do apenas dinheiro para ser feliz”. 

Jonh Helliwell o principal autor do estudo e economista da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá (ranqueado como o 7º país mais feliz do mundo), faz a pergunta crucial: “São as coisas humanas que importam. Se as riquezas tornam mais difíceis ter relações frequentes e confiáveis entras pessoas, vale a pena?”.

O pesquisador acrescenta com ênfase: “O lado material pode ser um obstáculo no caminho do lado humano”.

Foto: Reprodução

O artigo ainda destaca que o Brasil está muito bem colocado nesta lista, aparecendo em 22º lugar como o país mais feliz do mundo, à frente de países como Argentina (24º), México (25º), Uruguai (28º), França (31º),  Tailândia (32º) e Espanha (34º). Mas está atrás de Nova Zelândia (8º), Costa Rica (12º), Áustria (13º) e Chile (20º).

Segundo a Revista Veja, a aparente felicidade brasileira não reflete no índice, que coloca o país logo após os Emirados Árabes e cinco posições abaixo em relação ao ranking de 2016″.

 “O cenário não é dos piores: o Brasil está acima da Argentina (24), Uruguai (28), França (31) e Espanha (34). Os Estados Unidos, para muitos o país mais poderoso do globo, estão no 14º lugar da lista. De acordo com o relatório, a posição americana pode ser explicada pela corrupção e queda no apoio social, o que explica a boa colocação nórdica”. (VEJA 20/03/2017).

“A felicidade É fazer o que você ama. É mais importante do que os políticos pensam”, enfatizou o autor do estudo Jonh Helliwell.

Ele relatou que a nota da sua felicidade pessoal é 9, em uma escala que vai 1 a 10.

O cantor brasileiro Seu Jorge, no mínimo concorda com o investigador. E segue cantando FELICIDADE:



Estudar a felicidade pode configurar-se superficial, no entanto, acadêmicos sérios pedem mais pesquisas sobre o bem estar emocional das pessoas, especialmente nos Estados Unidos.

Em 2013, a Academia Nacional de Ciências divulgou um relatório trazendo recomendações que as pesquisas e estatísticas federais, que trazem assuntos como, renda, gastos, saúde e habitação, incluam questões complementares sobre felicidade, porque poderia levar a melhores políticas públicas que afetariam para melhor a vida das pessoas.

A Noruega subiu da quarta colocação para o topo da lista do relatório  com uma combinação bem sucedida de economia, saúde e apuração de dados de pesquisas por economistas, que são calculado em média a cada três anos, de 2014 a 2016.

Norueguesas. Foto: Reprodução

Meik Wiking, chefe do escritório executivo do Happiness Research Institute, em Copenhague, que não faz parte da entidade do estudo global que gerou o ranking mundial da felicidade, completa: “O que funciona nos países nórdicos é um senso de comunidade e entendimento do bem comum.

Com informações da BBC / Agencia Brasil / Veja / Exame/ Socientifica 

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