Novo mural em São Paulo foi feito com tinta que ajuda a limpar o ar

Projeto da Converse, criadora do All Star, vai pintar murais em diversas cidades ao redor do mundo que equivalem ao plantio de 40 mil árvores

A arte pode ajudar a melhorar o meio ambiente e o ar que respiramos? Se depender de um projeto desenvolvido pela Converse, criadora do famoso modelo de tênis All Star, sim.

A iniciativa Converse City Forests vem produzindo uma série de murais ao redor do mundo utilizando tinta fotocatalítica, material que, quando ativado pela luz solar, atrai poluentes atmosféricos e os converte em nitratos inofensivos.

No Brasil, a obra foi realizada na região central de São Paulo, próxima ao Minhocão. O local foi escolhido justamente por possuir grande fluxo de pessoas e carros e, portanto, ficar em um espaço onde a tecnologia inserida na tinta poderá ter o efeito máximo desejado.

O responsável pela arte, que leva o nome “Pindorama”, é o artista curitibano Rimon Guimarães. A arte, concluída no dia 26 de setembro, é baseada em referências e pesquisas dos povos originários brasileiros e um imaginário indígena como indivíduo.

Obra de São Paulo remete aos povos imaginários brasileiros

Rimon Guimarães ao lado de “Pindorama”, mural do curitibano pintado ao lado do Minhocão, no centro de São Paulo | Reprodução Instagram | @rimonguimaraes 
“Pindorama”, mural do curitibano Rimon Guimarães, equivale ao plantio de 750 árvores | Reprodução Instagram | @rimonguimaraes “

“A paisagem remete aos tempos de quando São Paulo não era uma selva de pedra e se podia ver o horizonte com serras ao fundo, também os rios em abundância simbolizado pelos tons de azuis, com referências aos quatro elementos: terra, fogo como sol, água representada por azul e ar como pássaro”, explica Rimon.

Sozinha, a obra da capital paulista equivale ao plantio de 750 árvores. Já, se forem somados os 14 mil metros quadrados de murais produzidos em todo mundo, o número representa o plantio de 40 mil árvores.

Para fazer o mural, o curitibano contou com a ajuda da artista Lya Nazura, uma das grandes representantes do afrofuturismo nas artes plásticas brasileiras, e integrante da comunidade criativa da Converse, chamada de All Stars.

A comunidade tem o objetivo de quebrar as barreiras para o progresso criativo de uma nova geração de revolucionários culturais, expandindo o conceito dos icônicos tênis All Star, que foram adotados como um meio de expressão em todo o mundo e em diferentes culturas.

Detalhe do mural “Pindorama”, do artista curitibano Rimon Guimarães | Reprodução Instagram | @rimonguimaraes

Até o momento, o Converse City Forests já finalizou outros murais em Bangkok, na Tailândia, e em Varsóvia, na Polônia. Em Bangkok o tema que inspirou a ilustração foi a união, já que foi produzido por dois artistas com estilos opostos, com a proposta de misturar e comunicar a união do povo tailandês. Já em Varsóvia, a mensagem foi um futuro repleto de natureza com a mistura do urbano ao fundo.

As próximas cidades do mundo a receberem murais do projeto são: Belgrado (Sérvia), Lima (Peru), Jacarta (Indonésia), Manila (Filipinas), Santiago (Chile), Joanesburgo (África do Sul), Bogotá (Colômbia), Cidade do Panamá (Panamá), além de Sydney e Melbourne (Austrália).

Para acompanhar os próximos passos da iniciativa acesse: conversecityforests.com.


Com informações: Catraca Livre

Edição: Josy Gomes Murta


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