Paraibana é referência em defesa do meio ambiente na Amazônia
“A Amazônia é meu porto seguro, o meu objetivo primordial é impulsionar a riqueza do maior Bioma do mundo”, afirma Izabel Cristina.
Defensora da floresta, objetiva, didática. A professora Izabel Cristina da Silva, radicada em Porto Velho (RO) há 30 anos participa ativamente de ações ambientais e tem se destacado pelo incentivo do empreendedorismo dos povos da floresta.
A cultura empreendedora da população de Rondônia no uso do Babaçu como matéria-prima para produtos artesanais tem sido um dos projetos da professora.
O propósito de identificar a organização produtiva sustentável com foco no artesanato de babaçu levou a pedagoga paraibana bastante conhecida como pesquisadora e educadora ambiental – em abraçar uma causa ecologicamente correta e apresentar um artigo científico sobre a cultura empreendedora de populações de Rondônia no uso do babaçu como matéria-prima para produtos artesanais durante a 12ª Conferência das Américas realizada na Grand Valley State University, Estado de Michigam nos Estados Unidos (03/2013).
A pesquisa foi incorporada na prática cotidiana. A Palmeira Babaçu, cientificamente denominada Orbygnia martiana Barb é nativa da Região Amazônica e tem sido utilizada de forma sustentável como matéria – prima na confecção de artesanato nas comunidades tradicionais assentadas no Distrito de Cujubim Grande, situado a 35 quilômetros de Porto Velho, Capital do Estado de Rondônia.
“A Palmeira de Babaçu é de extrema importância extrativista entre os ribeirinhos assentados que a utilizam como fonte de renda por variadas modalidades. O meu estudo inicialmente possibilitou na busca de possibilidades de desenvolvimento de arranjos produtivos locais, visando a construção de uma rede de negócio artesanal”, aponta.
“O nativo trabalha precariamente, inobstante a qualidade do produto que é comprado por visitantes turistas ou não. Notória é a possibilidade de formatação de um arranjo produtivo nos diversos distritos onde a abundância da palma possibilita rede de negócio qualificada se for adicionada a inovação”, diz o artigo de Izabel Cristina que foi orientada pelo professor doutor Flávio de São Pedro Filho que na ocasião também participou da Conferência.
Amazônia: uma paixão, um propósito
“A Amazônia é meu Porto Seguro, o meu objetivo primordial é impulsionar a riqueza do maior Bioma do mundo”, afirma Izabel Cristina.
Pensando em ir mais além no seu propósito, a pedagoga resolveu declarar seu amor pela Amazônia e deu mais um passo ao realizar o sonho de escrever o livro “O Boto da Amazônia”, lançado pela Autografia Editora, na Bienal Rio, em 6 de setembro de 2019.
A obra contém 20 páginas, tamanho: 20×20. Capa e ilustrações: Mikélinton Alves. Editoração eletrônica: Talita Almeida. Revisora: Monise Adriana Buzo Velho.
“A ideia de produzir um livro foi desde a minha chegada nos anos 90 em Porto Velho, pois sempre fui apaixonada pelo Rio Madeira e pelos Botos, e quando lecionava no Centro Educacional Gilberto Mendes de Azevedo SESI, já fazia com meus alunos trabalhos referentes a riqueza, o patrimônio natural do Rio Madeira, onde fiz um mural para fotografá-los e mostrar aos alunos incentivando-os sobre o valor patrimonial e o pertencimento de cada cidadão e nossa riqueza natural”.
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“Para os ribeirinhos, boto é sinal de fartura, onde eles estão, há muitos peixes, além de trazer o turismo e riqueza para os Porto-Velhenses.”
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O livro proporciona incentivo à leitura e a cultura Rondoniense. Segundo a escritora, a proposta do livro é de sensibilizar sobre a educação ambiental iniciando desde a infância, mostrando a importância dos rios e das matas – promovendo o patrimônio natural do Rio Madeira, do micro ao macro cósmico protegendo e garantindo o futuro de todos.
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“Como escritora, Izabel escreve com grande paixão, tornando a lenda do boto, inesquecível para as crianças, paixão essa que é também inegável nas ações da sua carreira, desde que chegou a Porto Velho e se tornou, rondoniense de coração.”
– Profª. Val Barreto
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“Escrever esta obra é simplesmente fantástico! Para mim, uma paixão: os botos e tenho como objetivo incentivar e promover o maior patrimônio natural do Rio Madeira e que está na Lei Orgânica do Município de Porto Velho”, além de promover políticas pública para a Conscientização Ambiental desde a primeira infância, como também elevando a autoestima dos Portovelhenses – Amazônidas, para a importância das riquezas naturais”, enfatiza.
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“Sei o valor de um livro que conscientiza os alunos, pois é as crianças que mais tem poder de conscientizar os adultos.”
– Profª. Denizete Kaxarari
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Ela acreditou
Para conseguir realizar o seu sonho Izabel acreditou que seria possível avançar com o lançamento do livro e para isto seria necessário a ajuda de parceiros. “Eu não teria conseguido ir adiante com meu sonho se primeiro não acreditasse que iria conseguir realizá-lo, também foi necessário acreditar em parceiros e pessoas que me motivaram para que continuassem realizando oficinas, debates e construindo um cenário cultural sobre a importância do Projeto “O Boto Tucuxi vai à Escola”, distribuição de 10.000 Cordéis com o intuito de promover uma intervenção cultural na Rede Municipal de Porto Velho”, declara.
“Encontrei parceiros que mudará a vida e a Literatura Rondoniense”, ressalta Izabel. Ela reforça os agradecimentos: “Quero deixar aqui minha gratidão a empresa que patrocinou parte da obra, o Centro Educacional Cora Coralina onde tem uma comunidade escolar de 600 alunos e com mais de 30 anos de tradição em Porto Velho, não esquecendo que tive um grande apoio da Prefeitura de Porto Velho/Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho (SEMED).”
Além da reprodução da obra Izabel pensou também na possibilidade do livro chegar nas mãos dos alunos da Rede Pública Municipal, e contou com uma forte parceria. “Empresa Sandubas, com 27 anos de tradição, apoiador desta iniciativa, contribuindo e promovendo a história da literatura em Rondônia é tanto que nos proporcionou a parceria para a reprodução da minha obra, onde serão doados para alunos da Rede Municipal, com distribuição e nas Secretarias Municipais do Estado de Rondônia, como também, serão encaminhados para as 27 secretarias de Educação de cada estado do Brasil – como forma de impulsionar o patrimônio da Amazônia para o mundo”, destaca de forma veemente.
A escritora é só gratidão. “Também quero agradecer ao Dr. Tapas Pal, Pós-Dr. da Universidade da Índia que veio a Rondônia para conhecer o Projeto do Boto da Amazônia. Ele também participou de uma intervenção cultural e convidou-me para lançar o ‘O Boto da Amazônia’, na Índia neste ano de 2020. Porém devido a Pandemia do Covid-19, tivemos que adiar este lançamento para o ano de 2021″.
Primeira infância
“Este tipo de livro ilustrativo distribuído aos estudantes é muito importante para fomentar o pensamento de conservação em suas mentes durante a infância”.
“Esse tipo de livro é importante para promover, entre os estudantes e crianças da região amazônica brasileira, um pensamento de conservação sobre a biodiversidade, especialmente para o Boto da Amazônia, personagem principal. Assim, as crianças serão capazes de pensar diferente do pensamento “extrator” da biodiversidade”, diz o Dr. Tapas Pal.
“Agradeço também às crianças e digo para conhecer este livro para conhecer a mãe natureza Esse livro é fruto de trabalho intenso para conservar a natureza e o Brazil”, reforça.
Além fronteiras
O sonho de Izabel vai além fronteiras, sua obra já está traduzida em 2 idiomas, Inglês e Bengali e muito em breve também lançará sua obra em mais 3 idiomas, Espanhol, Italiano e Francês.
“A Obra o Boto da Amazônia será uma obra internacional tornando-se referência para o nosso patrimônio como também, elevará a nossa riqueza natural do maior Bioma do Mundo, a Amazônia”, notabiliza Izabel.
“A Profª. Izabel Cristina da Silva é uma guerreira indomável. A Amazônia é uma felizarda em ter adotado esta paraibana como filha da terra. E o GEITEC está de parabéns por ter uma pesquisadora audaz colaborando nas tarefas investigativas publicadas em periódicos internacionais e em eventos na China, Estados Unidos, Índia e outros países”, destaca o Prof. Dr. Flávio de São Pedro Filho, Pós-Doutor em Gestão e Economia; Coordenador do GEITEC / UNIR / CNPq, Brasil.
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Parabéns Izabel! Você é uma pessoa que sabe seguir seu coração e quando ele aponta uma direção, vai até o fim. Isso é realização. Parabéns! Os botinhos agradecem!
– Pesquisadora, Ivana de Campos Ribeiro
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Legado ambiental
“O Projeto do Boto Tucuxi vai à Escola, iniciou em 2017 na Escola Bom Jesus onde levei o personagem para interagir com as crianças e falar da preservação dos botos promovendo uma consciência ambiental e que devemos ser exemplo não jogando resíduos nas ruas, vias públicas e que os resíduos devem ser destinados para coleta e para as cooperativas, onde serão transformados em novos produtos e é com esta iniciativa que queremos deixar um legado sobre a Educação Ambiental nas escolas desde a infância pois, em nossas visitas as crianças além de vivenciarem o personagem, realizam desenhos e pinturas com mais de 20 escolas na rede municipal e em escolas privadas”, conta.
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“Podemos perdoar a destruição do passado, causada pela ignorância. Agora, no entanto, temos a responsabilidade de examinar eticamente o que herdamos e o que passaremos às gerações futuras.”
– Dalai Lama
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Tenda cultural
A tenda cultural dos botos foi outra ideia de Izabel com o objetivo de promover a cultura ambiental e levar conhecimento sobre tudo relacionado ao Boto da Amazônia. Para isto a professora realizou uma parceria com José Sanxer de Lacerda da Lavin Lavanderia, uma empresa radicada há mais de 30 anos em Rondônia – trabalhando exclusivamente com serviços terceirizados para atender a lavagem industrial de hospitais, hotéis e outras empresas e que apoia intensamente a cultura de Rondônia e Amazônia Sustentável.
Sanxer, empresário, escritor e amante do cinema tem chamado a atenção e destaca-se pelo seu conhecimento e tecnologia – aplicando-o dia a dia na empresa – reutilizando os resíduos de serragens e cavaco de madeira que são utilizados na caldeira para a composição de fertilizantes naturais para a sua produção de mudas de Açaí, espécie da Amazônia que está sendo consumida no mundo.
“Sustentabilidade para algumas empresas é moda, para outros é compromisso e responsabilidade socioambiental, e para mim é um bem-estar e poder contribuir de alguma forma incentivando boas práticas em prol do nosso Planeta”, diz.
Empreendedora social
Quando o assunto é empreendedorismo Izabel não fica de fora, ela arregaça as mangas e investe em experiências inovadoras com foco na sustentabilidade: pufe de pneus, sabão com óleo de cozinha descartado, embalagens com resíduos da floresta, vassouras PET, entre outros.
Izabel Cristina da Silva é natural de Fagundes, na Paraíba. Radicada em Porto Velho – Rondônia, desde 1990. Pesquisadora, Defensora da Floresta, Mobilizadora Social e Cultural. Tem Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB); Especialização em Política, Estratégia e Soberania sobre a Amazônia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG-RO), Analista Ambiental pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR-UNESC). Técnica na Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho. Coordena eventos científicos e culturais no Estado de Rondônia.
Por Josy Gomes Murta, da Redação do Conexão Boas Notícias
Izabel, seu trabalho é lindo e importantíssimo !!!!
Parabéns !!!!!!
Gratidão Cecília Maria Neder Castro !
Realmente um belo trabalho e de suma importância, não só pela educação infantil ao iniciar na cultura regional mais também na educação adulta quanto a preservação da mesma como nosso legado.
Obrigada grandiosa Cecília Neder,conto como a sua grandiosa contribuição para realizarmos um trabalho pioneiro incentivando o Bioma Amazônia reutilizando os recursos naturais promovendo a Sustentabilidade!
Carlos Alberto Oliveira, gratidão!!