Pesquisadores estudam ferramenta para detectar Covid-19 por meio da variação da voz

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) realizam estudo para criar ferramenta que detecta Covid-19 e outras doenças por meio da variação da voz. Os pesquisadores fazem parte do projeto Sistema de Detecção Precoce de Insuficiência Respiratória por meio de Análise de Áudio (SPIRA), que utiliza inteligência artificial que compara as vozes de pacientes com o novo coronavírus com as de indivíduos saudáveis.

O objetivo é auxiliar no enfrentamento a pandemia de Covid-19, além de utilizar as descobertas que surgirem durante os estudos para serem aplicadas em inúmeros outros campos como, por exemplo, na criação de sistemas de reconhecimento automático de voz para o português e no aprimoramento de assistentes virtuais.

A ferramenta que pretende detectar Covid-19 coletou as variações de vozes, disponibilizaram um site para doações voluntárias e vozes de aproximadamente 200 pacientes de dois hospitais parceiros do projeto, o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e o Hospital Universitário (HU) da USP. 

Como as vozes dos pacientes com Covid-19 muitas vezes estavam sobrepostas a de profissionais de saúde, a equipe ainda precisou realizar a separação das vozes através de uma ferramenta desenvolvida por meio de Inteligência Artificial baseada em redes neurais artificiais.

O trabalho desenvolvido faz parte de uma ampla área de pesquisa em Inteligência Artificial que está em crescente desenvolvimento no mundo: o processamento de linguagem natural.

O projeto

As pesquisas ainda não foram finalizadas e, de acordo com os pesquisadores, pode não ter os resultados esperados visto que as pesquisas podem não conseguir identificar sinais de insuficiência respiratória com uma precisão aceitável. Ainda assim, os estudos poderão ser utilizados para outras finalidades que possam contribuir para o desenvolvimento da sociedade. 

Participam no projeto SPIRA pesquisadores da Faculdade de Medicina (FM) da USP, do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, da Universidade Tecnológica Federal do Paranám (UTFPR), e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humana (FFLCH) da USP.


Com informações: Jornal da USP

Edição: Josy Gomes Murta

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