Pesquisadores vão modificar máscaras de mergulho para tratar pacientes da Covid-19
Pesquisadores do Centro de Tecnologia (CTI) Renato Archer, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, estão estudando formas de transformar máscaras de mergulho em respiradores automáticos. As máscaras, usadas principalmente por quem pratica snorkeling, receberão uma válvula produzida em impressoras 3D para que possam ler ligadas aos aparelhos de oxigênio.
Os aparelhos serão usados por pacientes internados pela Covid-19, uma vez que a doença afeta os pulmões dos infectados pelo novo coronavírus. Jorge Vicente Lopes da Silva, diretor do CTI, conta que tem trabalhado também com engenheiros da Universidade de Campinas (Unicamp), para verificar se as modificações podem ser usadas na rede de saúde, de forma segura. “É um estudo, mas com aplicação quase que imediata. Não podemos demorar”, afirmou. O prazo é que, até semana que vem, o produto esteja disponível para os hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo e do Brasil.
A ideia não é novidade durante a pandemia mundial de coronavírus. A proposta surgiu na Itália, país que foi o segundo pico da doença depois da China. Já no Brasil, o protótipo terá algumas diferenças em relação ao modelo italiano.
Essa adaptação será realizada pelo CTI, que faz o projeto experimental junto um grupo de engenheiros da empresa Owntec, em parceria com a Universidade de Santa Cruz (Unisc), no Rio Grande do Sul, e com o Hospital de Santa Cruz do Sul.
Custo
O custo dessa adaptação é baixo, segundo Jorge Vicente Lopes da Silva, e será bancado em parte pelo Ministério e absorvida também pelo CTI. Além disso, a Decathlon suspendeu as vendas de máscaras no País, para uso exclusivo do projeto.
A máscara de mergulho “fecha” no rosto inteiro, por meio de uma cúpula transparente. Elas são bem específicas e caras, podendo custar até R$ 140.
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“Vamos utilizar a infraestrutura 3D do CTI para produzir as peças, em caráter emergencial. Principalmente as que vão na conexão da válvula para conectar no sistema de oxigênio do hospital.”
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O projeto piloto prevê, ainda, transformar ao menos mil máscaras em Máscara de mergulho e válvulas de adaptação que estão sendo impressas pelo CTI em respiradores automáticos, doados em parte pela empresa Decathlon. “Vamos utilizar a infraestrutura 3D do CTI para produzir as peças, em caráter emergencial. Principalmente as que vão na conexão da válvula para conectar no sistema de oxigênio do hospital”, explicou o diretor do CTI.
Com informações: CTI Renato Archer
Edição: Josy Gomes Murta