Ponto de ônibus com telhado verde no Vidigal vira patrimônio do Rio de Janeiro
Um espaço cultural e ambiental, criado a partir de um esforço coletivo. Apelidado de “Galeria Viva – Telhado Medicinal”. Antes era apenas um espaço ocioso no Morro do Vidigal, onde as pessoas ficavam expostas ao sol forte do Rio de Janeiro (RJ).
O projeto é uma cobertura verde para ponto de ônibus, onde são produzidas ervas medicinais. O local se tornou Patrimônio Cultural Urbano de Natureza Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro.
Finalizado em 2015 pelo arquiteto local Guto Graciano, juntamente com a Chef de Culinária Orgânica Viva, Graça dos Prazeres. Mas, o sonho só se tornou realidade graças ao esforço da comunidade e de voluntários.
Conforme publicado por Guto em suas redes sociais, o sistema usado foi pensado para ser autossuficiente, ou seja, não é necessário que alguém se responsabilize pela rega diária das plantas. O próprio telhado tem um reservatório, que armazena a água da chuva e abastece o plantio.
O uso das plantas no telhado do ponto de ônibus ajuda a amenizar a temperatura, melhorando o conforto dos usuários. Mas, além disso, o espaço também se tornou uma referência em arte e cultura. As paredes formam uma galeria que estampa trabalhos de grafiteiros voluntários.
O projeto já ganhou até visibilidade fora do Brasil, com estudantes de arquitetura e pesquisadores estrangeiros indo até à comunidade apenas para conhecer o trabalho.
Patrimônio do Rio de Janeiro
A Lei 6.555 de 2019, de autoria do vereador Reimont, tornou Patrimônio Cultural Urbano de Natureza Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro o espaço Telhado Orgânico Medicinal e Galeria Viva, na Comunidade do Vidigal.
A estrutura é considerada o 1º ponto de transporte coletivo equipado com telhado verde do Rio do Janeiro. “O projeto incentiva a sustentabilidade como filosofia de vida, elevando ao ápice a cultura de mutirão e o capital humano da comunidade do Vidigal, que são os reais elementos construtivos desse espaço”, comemora Guto.
Vale a pena ressaltar que “o mérito é todo da população”. Sem qualquer ajuda do governo, cidadãos da região do Morro de Vidigal, onde foi construída a intervenção, uniram-se para dar à cidade seu primeiro telhado verde.
O espaço é autossuficiente – isto é, não precisa de cuidados da população, uma vez que possui sistema de rega automático a partir de água da chuva – e oferece uma série de benefícios à região. Entre eles, diminuição da temperatura, aumento da umidade relativa do ar e redução da poluição. Dá outro ânimo pegar ônibus em meio ao verde!
Que a moda dos telhados verdes se espalhe por todo o Brasil. A população e as cidades agradecem!
Com informações: Ciclo Vivo / The Greenest Post