Rostos indígenas projetados na Floresta Amazônica contra o desmatamento

Conexão em prol da preservação. O artista francês Philippe Echaroux criou o projeto Amazônia 2.0. Levando a street art para outra dimensão. Ele trocou o spray por projetores, os muros urbanos pela floresta e a arte por rostos indígenas. 

Philippe passou alguns dias na tribo Suruí, localizada em Rondônia, fotografando seus membros e compreendendo melhor as consequências do desmatamento em suas vidas. Depois, projetou seus rostos expressivos na gigantesca floresta amazônica, registrando esta profunda conexão através de suas lentes fotográficas. Para ele, “cada árvore derrubada representa um homem morto”.

Incrível!

Echaroux descreve a experiência como “incrível” e diz que aprendeu muito. “Os suruís nos ensinaram coisas sobre a natureza e seu modo de vida. Como europeu, sempre ouvia que entrar na floresta era perigoso. Aprendemos a confiar no meio ambiente, e nada de ruim nos aconteceu”, conta.

Ele teve o corpo pintado pelos índios e contou com a ajuda de um intérprete para se comunicar com eles. A tribo, incluindo o chefe Almir Surui Narayamoga, ficou muito feliz pela participação no projeto e agradecida pela ajuda na preservação do seu lar.

Os suruís

“Eles se divertiram muito vendo as projeções. Não tinha a mínima ideia de como eles reagiriam. Eles ficaram contentes com o fato de que isso serviria para falar da causa deles”, diz. 

Antes de desembarcar no local, o artista passou dois anos realizando pesquisas. “Desde o início, eu queria fazer o trabalho com as pessoas mais indicadas para falar sobre o tema, ou seja, os índios que moram na floresta. Foi por meio da associação suíça Aquaverde, que trabalha com os suruís, que pude encontrá-los”, enfatiza.

Fotos

As fotos foram expostas em Paris, em 2016, durante o evento Paris Photo. Mas Echaroux diz que o melhor suporte para mostrar seu trabalho é seu site. “Assim atinjo mais pessoas. Gosto da ideia de alguém ver as fotos da Amazônia de manhã no seu celular.”

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“trata-se de tirar o street art do seu lugar comum, ou seja, do muro ou das fachadas.”

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Lindas imagens: rostos de índios projetados à noite sobre as árvores gigantescas da floresta amazônica.

Veja o vídeo do projeto gravado na Tribo dos Suruís, em Rondônia – Amazônia brasileira: AQUI.


Com informações: Inspi / Collosau / RFI

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