São Paulo: Laboratório reproduz peixes de espécies em extinção
O centro de pesquisas com uma das bases em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, trabalha para produzir em cativeiro espécies de peixes marinhos ameaçados de extinção.
É o primeiro no Brasil a atuar na reprodução assistida deles. O projeto trabalha com cinco espécies marinha. A Soltura das espécies depende de autorizações de órgãos estaduais e federais.
O Laboratório de Piscicultura Marinha une pesquisa científica e preservação ambiental ao usar a tecnologia para, no futuro, ajudar a povoar o mar com animais nativos. Opera desde 2005 e passou por uma reforma recentemente. A unidade foi reinaugurada no último mês, com a capacidade de atuação ampliada.
Segundo o Instituto de Pesca (IP), órgão estadual responsável pelo laboratório, a unidade de Ubatuba foi a primeira no país a reproduzir espécies de peixes marinhos em extinção.
Repovoar o mar
Atualmente, o local trabalha com cinco espécies: mero, garoupa-verdadeira, ariocó, cioba e caranha. Os animais são criados em tanques e têm material genético coletado para pesquisa, armazenamento e reprodução assistida. Eles são criados em 51 tanques, que vão de 150 a 3 mil litros de água.
Na época de reprodução, o material coletado dos machos é descongelado e fertilizado nos ovos de fêmeas. Os ovos são colocados em encubadoras e os peixes podem ser levados ao mar após 60 dias. “Um dos objetivos desse trabalho é repovoar o mar, porque caso isso não aconteça, essas espécies não vão existir nos próximos anos”, disse Eduardo Sanches, pesquisador do IP.
Até o momento nenhuma soltura de peixes no mar foi feita. A ação ainda depende de estudos complementares e autorizações de diferentes órgãos estaduais e federais.
Expectativa
Com a reinauguração do laboratório, os pesquisadores esperam ampliar as atividades. A expectativa é que em 2019 aumente para oito o número de espécies reproduzidas pelo laboratório.
Com informações: G1 / Saúde Animal