Studio precht cria um parque em forma de impressão digital para distanciamento físico

17 de maio de 202017 de maio de 2020 Conexão Boas Notícias 0 comentários

O estúdio precht, sediado na Áustria – anteriormente conhecido como Penda – divulgou o design de um parque verdejante previsto para distanciamento físico e solidão de curto prazo, apelidado por Parc de la distance – Parque da Distância.

O espaço ao ar livre foi moldado na forma de uma impressão digital, evocando o toque humano. As linhas paralelas guiam os visitantes pela paisagem ondulada, onde cada faixa tem um portão de entrada e saída, indicando se o caminho está ocupado ou livre para passear.

A fim de garantir o distanciamento social, o parque da distância idealizado pelo estúdio precht apresenta faixas que se distanciaram 240 cm uma da outra e têm uma cobertura de 90 cm de largura como divisão.

O piso foi coberto com um cascalho avermelhado de granito, contrastando com o verde, alertando outras pessoas ao redor apenas pelo som de seus passos contra as pequenas pedras. Cada jornada individual tem cerca de 600 m de comprimento e a altura das plantadeiras varia ao longo da jornada, adicionando mais movimento ao parque. Às vezes, os visitantes ficam totalmente imersos, enquanto outras, podem ver por todo o jardim.

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“Vejo a origem do design nos jardins barrocos franceses, uma forte ordem de plantas, sebes que criam formas geométricas”, comenta chris precht.

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O espaço ao ar livre foi moldado na forma de uma impressão digital, evocando o toque humano. Foto: Studio Precht

“Mas também há uma inspiração desenhada nos jardins zen japoneses – movimentos circulares, ajuntamento de cascalhos que se centram nas pedras dos cantos mas acho que não é uma versão moderna. Eu acho que não existe uma versão moderna de nada quando você trabalha com a natureza. Estilo moderno é para moda, design ou arquitetura, mas a natureza é atemporal”, enfatiza.

Jardim zen

Segundo Precht, o parque da distância apresenta padrões ondulados semelhantes aos de um jardim zen japonês, onde os caminhos espiralam lentamente em direção ao centro onde os usuários encontrarão fontes que simbolizam a fonte da vida e o equilíbrio interior. Cada jornada individual leva cerca de 20 minutos, oferecendo um fôlego nas movimentadas áreas urbanas e um breve período de solidão. O parque foi proposto para um lote vago em Viena, mas poderia ser implementado em qualquer lugar do mundo.

“Há uma beleza na solidão e na natureza que as pessoas da cidade frequentemente sentem falta”, diz Chris Precht, fundador da empresa austríaca de design Studio Precht.

A nova ideia pode ajudar parques metropolitanos e espaços verdes a permanecerem abertos durante as medidas de distanciamento social COVID-19.

Vias paralelas de sebes levam cada pessoa a passear por um mundo natural fechado, ocasionalmente abrindo para vistas mais amplas dos jardins, enquanto mantém medidas eficazes de distanciamento social.

“Há algo fundamental nas espirais”, escreveu Precht em um email para a Fast Company . “Um caminho para o centro. Um caminho para o seu eu interior.”

“O projeto começou com algumas perguntas sobre essa pandemia. Como seria um parque e como ele funcionaria se adotasse as regras do distanciamento social como uma diretriz de design, e o que podemos aprender de um espaço como esse que ainda tem valor após a pandemia.”

“Por enquanto, o parque foi projetado para criar uma distância física segura entre seus visitantes, depois da pandemia, o parque é usado para escapar do barulho da cidade e ficar sozinho por algum tempo. Eu morava em muitas cidades, mas acho que nunca fiquei sozinho em público. Eu acho que é uma qualidade rara”, comentou Precht.

Os caminhos espiralam lentamente em direção ao centro onde os usuários encontrarão fontes que a fonte da vida e o equilíbrio interior. Foto: Studio Precht

Muitas cidades em todo o mundo estão fechando parques públicos por temores de superlotação, pois os cidadãos preocupados com o COVID-19 estão todos buscando alívio. Nesse parque, os portões de cada extremidade dos caminhos do labirinto poderiam ser fechados para manter um certo número de pessoas andando ao mesmo tempo. A duração total da caminhada é de cerca de 20 minutos.

Um toque pessoal

Segundo a Fast Company, Precht vive e trabalha nos remotos Alpes austríacos e está trazendo um toque pessoal à perspectiva de alívio natural em tempos difíceis.

“Há uma beleza na solidão e na natureza que as pessoas da cidade frequentemente sentem falta”, escreveu ele.

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