Territórios criativos sustentáveis: desafios, evolução e melhor estratégia
Por Regina Medeiros Amorim
Os territórios do turismo na Paraíba, compõem as doze regiões turísticas do Estado, do Mapa da Regionalização do Turismo – MTUR. Trata-se de um ambiente fértil, pulsante e distinto, unindo o turismo, a cultura e as atividades agrícolas, que usam a criatividade para inovar produtos e serviços e gerar experiências inusitadas, que diferenciam os destinos turísticos.
Nos territórios criativos do turismo, o respeito à diversidade cultural, ao diferente, ao singular são prioridades. Não se permite a destruição do espaço de territorialidade, o lugar de pertencimento e de diferentes saberes tão autênticos das comunidades.
Através dos Projetos Território Empreendedor Sustentável e Turismo Criativo e Colaborativo, o SEBRAE, tem atuado nas regiões paraibanas, na estruturação e qualificação de novas rotas e roteiros turísticos, mas também na construção de uma realidade territorial, mais inspiradora e mais evoluída, de negócios criativos e colaborativos, que possibilitam aos empreendedores, atingirem o seu potencial, na atividade econômica desejada.
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O estado de abertura constante para a evolução é um dos caminhos para se compreender como atender às novas demandas do mercado e impactar positivamente, no ambiente em que se interage, sem perder a sua identidade.
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As iniciativas locais nos municípios e regiões turísticas, têm se tornado importante modelo econômico de criatividade, sustentabilidade e pertencimento, que geram diferencial competitivo dos territórios.
Formatar produtos turísticos criativos é utilizar a cultura, a arte e o patrimônio material e imaterial, bem como os elementos culturais e artísticos, para agregar valor aos bens e serviços de um destino turístico.
Podemos destacar as categorias culturais que mais agregam valor aos produtos e serviços: os museus, a arquitetura das edificações históricas, o artesanato, a cultura popular, o folclore, a gastronomia, as culturas indígena e quilombola, as artes visuais e artes cênicas.
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É necessário atenção especial para a valorização dos ativos culturais do lugar, que são a energia transformadora e enriquecedora dos territórios turísticos.
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Consciência, convivência e colaboração ganharam a sua importância no cenário de territórios empreendedores sustentáveis, por isso cada vez mais é preciso pensar e agir de forma construtiva e coletiva.
É a liberdade criativa que permite a evolução contínua dos indivíduos e dos negócios. Quando o desenvolvimento territorial sustentável está alinhado com o seu propósito e o seu projeto pessoal, você se sente livre e estimulado para manter-se evoluindo e contribuindo com as parcerias público-privadas.
No mundo empresarial, as questões de desenvolvimento sustentável têm sido uma causa cada vez mais relevante. Muitos empresários já compreenderam que a existência dos negócios, tem como propósito melhorar a sociedade e não apenas atender à visão mercadológica.
Em muitos países, consumidores ativistas têm feito suas escolhas de comprar apenas de empresas que atuam de forma correta com relação à diversidade, preservação ambiental, gestão do lixo, inclusão produtiva e social.
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Portanto, a projeção de sua marca no mercado, depende da qualidade do produto ou serviço, mas também de ter como propósito a dimensão social, para garantir o seu futuro.
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As pessoas que evoluem o tempo todo, têm um estilo de vida baseado no consumo consciente e na busca do equilíbrio, pois a saúde é resultado da conexão entre a mente, o corpo e o meio ambiente. Nunca houve tanta demanda pela prática de meditação, yoga, comida orgânica e vegana, como nos tempos atuais. A tendência de cuidar da saúde, também aumentou o número de ciclistas nos territórios criativos sustentáveis. Com essa tendência o ecossistema dos negócios também se altera, para um cenário de consumo com mais lojas de bicicletas, de suplementos vitamínicos, de roupas e acessórios para a prática do ciclismo.
Os negócios precisam estar nos ecossistemas demandados, porque a melhor maneira de lucrar está relacionada com um propósito de alcance social e de melhor qualidade de vida para as comunidades. Colocar as pessoas e o ecossistema no centro dos negócios é a melhor estratégia, para a evolução dos territórios criativos sustentáveis.
Regina Medeiros Amorim